Nesta segunda-feira (20), o Exército russo anunciou ter assumido o controle completo do assentamento de Bilohorivka, localizado na região de Luhansk, no leste da Ucrânia. No entanto, autoridades ucranianas contestam essa afirmação, informando que os combates continuam intensamente na área. Além disso, a Ucrânia relatou ter interceptado três ataques russos na região de Siversk.
Conflitos e pedido de agilidade ao Ocidente
Apesar das declarações do Ministério da Defesa russo sobre a conquista de melhores posições em Bilohorivka, o governo ucraniano afirmou que os confrontos permanecem ativos. As forças ucranianas destacaram que estão conseguindo conter os avanços russos na área, especialmente ao interceptar três ataques no setor de Siversk, nas proximidades de Bilohorivka.
Em entrevista à Reuters, o presidente Volodymyr Zelensky cobrou agilidade dos aliados ocidentais nas decisões relacionadas ao conflito. "Quando somos rápidos, eles ficam para trás. Há uma lacuna de seis a oito meses sem ajuda, seguida de dois ou três meses de suprimentos, e assim um ano se passa. Queremos manter a vantagem", disse Zelensky.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante entrevista (Foto: reprodução/Roman Pilipey/AFP/Getty Images Embed)
Operações Russas em Kharkiv
O Ministério da Defesa russo também relatou confrontos na região de Kharkiv, especificamente perto de Vovchansk, Starytsia e Hlyboke. As tropas russas afirmaram ter interceptado dois contra-ataques ucranianos na área. Segundo o presidente russo, Vladimir Putin, a incursão em Kharkiv faz parte de uma operação para criar uma zona de amortecimento destinada a proteger as regiões de fronteira da Rússia.
Enquanto isso, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assegurou em entrevista à Reuters que a região de Kharkiv não está sob domínio russo. "Hoje, a situação em Kharkiv está sob controle. Há uma semana, era mais difícil", disse Zelensky.
Está marcada para os dias 15 e 16 de junho, na cidade suíça de Bürgenstock, a "Cimeira sobre a Paz na Ucrânia". Chefes de Estado de todo o mundo foram convidados, e para o presidente ucraniano, a presença da China é fundamental para pressionar o governo russo a desistir da invasão iniciada em fevereiro de 2022.
Foto Destaque: Soldado na linha de frente em cidade fronteiriça ucraniana (Kostiantyn Liberov/Libkos/Getty Images Embed)