Nesta terça-feira (25) a Rússia e a Ucrânia, países em guerra há mais de três anos, chegaram a um acordo para poupar prédios essenciais, como as usinas elétricas, e abortar os futuros ataques no Mar Negro. Especialistas apontam que os novos termos poderão beneficiar a economia de diversos países.
Acordo pode levar a paz
Segundo o governo estadunidense, mediador do acordo, o fato da proposta ter sido aceita por ambos os países, demonstra interesse em trilhar um caminho que levaria finalmente à paz. Em entrevista para os portais de comunicação de Kiev, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, exigiu vigilância do governo de Donald Trump para garantir que a Rússia irá cumprir sua parte do acordo, assegurando que as punições cabíveis serão aplicadas caso os termos não sejam honrados.
Destruição causada por ataque russo em Donetsk, na Ucrânia, em março de 2025 (Foto: reprodução/Anadolu /Getty Images Embed)
O governo russo pediu apoio semelhante para manter a Ucrânia nos termos: “Precisaremos de garantias claras. E dada a triste experiência de acordos apenas com Kiev, as garantias só podem ser o resultado de uma ordem de Washington para que Zelenskiy e sua equipe façam uma coisa e não a outra”, afirmou Sergei Lavrov, Ministro das Relações Exteriores da Rússia.
A questão das fontes de energia
Durante toda a guerra, ambos os países tiveram como alvos principais de suas incursões militares as instalações de energia, pois seriam fontes de recursos fundamentais para o esforço de guerra um do outro, além de garantir a subsistência do próprio país. A fim de dificultar as transações econômicas, a Rússia procurou dificultar a exportação de grãos da Ucrânia, por meio de bloqueios marítimos, algo que afeta a economia do mundo todo.
Visando evitar uma crise alimentícia em diversos países do mundo, a ONU procurou firmar um acordo entre os dois países, semelhante ao atual, em 2022, porém as iniciativas logo foram frustradas. Agora, o objetivo parece ter sido alcançado pelo presidente Donald Trump, que demonstra interesse em construir uma reaproximação com o governo russo, provavelmente com intenções comerciais.
Com a Rússia e a Ucrânia voltando para o cenário comercial internacional, é esperado que a economia mundial receba um novo fôlego. Paralelamente, os ministros da defesa do Reino Unido e da França acreditam que os novos parâmetros da guerra pode ajudar a cooperação militar entre seus países e a Ucrânia.
Foto Destaque: bandeiras da Ucrânia e da Rússia (Reprodução/Contributor/Bloomberg/Getty Images Embed)
