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Ronnie Lessa e Suel têm novos mandados de prisão decretados por exploração ilegal de TV a cabo

Ronnie Lessa e Maxwell Corrêa, acusados pelo assassinato de Marielle Franco, foram presos novamente por envolvimento na exploração ilegal de TV a cabo ("gatonet") no Rio.

05 Ago 2023 - 19h21 | Atualizado em 05 Ago 2023 - 19h21
Ronnie Lessa e Suel têm novos mandados de prisão decretados por exploração ilegal de TV a cabo Lorena Bueri

Ronnie Lessa e o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, também conhecido como "Suel", foram presos por supostamente estarem envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Além disso, eles foram alvos de novos mandados de prisão relacionados à exploração ilegal de TV a cabo, conhecida como "gatonet", no bairro de Rocha Miranda, Zona Norte do Rio de Janeiro.

As autoridades também solicitaram a prisão do filho de Suel, Maxwell Simões Corrêa Júnior, e do policial militar Sandro dos Santos Franco, que estão foragidos. O Disque Denúncia divulgou um cartaz para pedir informações sobre o paradeiro deles.

O tráfico e a ilegalidade

Em uma operação realizada pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, foi cumprido um mandado de prisão contra Wellington de Oliveira Rodrigues, também conhecido como Manguaça.

As investigações apontaram que a organização criminosa explorou ilegalmente a instalação de TV a cabo e internet clandestina em diversos bairros entre 2018 e 2023, com Suel sendo apontado como o responsável pelo serviço. Ronnie Lessa, além de ser um dos sócios financeiros, garantia a manutenção do serviço devido à sua reputação como assassino profissional. Ele exercia controle sobre os bairros onde a organização atuava, inclusive com influência sobre traficantes de Rocha Miranda.

Após a descoberta do envolvimento de Lessa no assassinato de Marielle e Anderson, o grupo reestruturou-se para evitar a atuação direta de Lessa e, posteriormente, de Suel no negócio. O filho de Suel assumiu um papel mais ativo, repassando ordens e gerenciando a arrecadação de dinheiro dos moradores coagidos a pagar pelo serviço ilegal.


Maxuell Simões

Maxwell e seu filho que já é considerado foragido da Justiça. Foto: Reprodução/ OGlobo


O envolvimento e lucro da família 

Wellington e Sandro passaram a gerenciar a "empresa", sendo que Sandro explorava a gatonet por meio da empresa Tecsat, que foi alvo de buscas. Os investigadores descobriram que o casal Suel e sua mulher adquiriu um carro de luxo com dinheiro proveniente da exploração ilegal.

Moradores de Rocha Miranda relataram que a quadrilha cobrava R$ 70 em dinheiro ou via Pix dos assinantes da "gatonet". A investigação encontrou anotações de contabilidade indicando o lucro mensal considerável obtido com essa atividade ilegal.

Para continuar com o serviço da quadrilha após as prisões de Lessa e Suel, foi usada a empresa Tecsat, cujo cartão foi encontrado como prova.

 

Foto destaque: Ronnie Lessa (esquerda) e Élcio Queiroz (direita). Foto: Reprodução/ OGlobo

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