O número de estudantes gaúchos sem aula devido às chuvas que vêm atingindo o Rio Grande do Sul já bate 360 mil. De acordo com o Jornal Nacional, 28 escolas municipais de Porto Alegre ainda estão cobertas pela água das chuvas. 216 mil alunos ainda não têm data de previsão de volta às aulas.
Escolas na capital
Segundo a reportagem do Jornal Nacional, que percorreu 1,5 km de barco para chegar a uma escola de Porto Alegre, metade das escolas da capital do estado foram afetadas pelas chuvas. Em muitas delas, mal se pode ver o teto, devido à altura do nível da água. A escola mostrada na reportagem é de educação infantil e ensino fundamental.
O secretário de Educação de Porto Alegre, José Paulo da Rosa, quer retomar as aulas na semana que vem. Segundo ele, a cidade "já sofreu muito na pandemia por demorar em retomar as aulas", e por isso voltarão logo nos lugares onde for possível. O secretário afirmou que nos lugares que não tiverem condições de retomar as aulas, os alunos serão transferidos para outras escolas.
Escolas no Rio Grande do Sul
No total, são aproximadamente 360 mil estudantes gaúchos sem aulas, e 216 mil sem previsão de retorno. A secretária de Educação do Rio Grande do Sul, Raquel Teixieira, afirmou que serão vários calendários diferentes, para atender às realidades de cada local afetado.
Tragédia no RS: 360 mil estudantes gaúchos são afetados pelas chuvas. Não têm data para voltar às aulas 216 mil estudantes. A secretária de Educação do Rio Grande do Sul disse que serão vários calendários para atender às realidades de cada região https://t.co/qQfVAfY41b #JN pic.twitter.com/P8EhMClJyj
— Jornal Nacional (@jornalnacional) May 14, 2024
Reportagem do Jornal Nacional com a secretária de Educação do Rio Grande do Sul, Raquel Teixeira (Reprodução/X/@jornalnacional)
A secretária explicou a decisão, afirmando que "Na Covid, alunos e professores não vinham para a escola, mas eu sabia onde eles estavam, eles estavam em casa, trancados. Agora, alunos e professores não vêm para escola e eu não sei onde eles estão. Naquela época, os alunos não tinham celular e computador. Hoje, eles não têm casa".
Alguns abrigos estão fazendo esforços para separar espaços para que crianças brinquem e mantenham uma rotina de aprendizagem.
Foto destaque: Raquel Teixeira, secretária estadual de Educação (Reprodução/X/@jornalnacional)