Jair Bolsonaro (PL), pode ser solicitado a depor na CPMI do 8 de janeiro, que investiga os atos golpistas que aconteceram nesta data no Congresso Nacional. A relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA) que revelou esta possibilidade durante uma entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
Eliziane comentou que a possibilidade o ex-presidente depor, para ela, é considerado um fato. A relatora relembrou que ainda possui 180 dias pela frente, até o fim da CPMI, e reforçou que se for necessária uma ação mais ostensiva, isso será feito.
Além do nome de Bolsonaro, a senadora também levantou e chance de convocar nomes que giram em torno do político, como o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, que logo após os atentados foi detido. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) é considerado alvo quase certo por ela. Após os atos, ele chegou a ser afastado do cargo por terrorismo.
Registros do dia 8 de janeiro. (Foto: Reprodução/ Edison Bueno/Photopress/Estadão Conteúdo)
Para a relatora, no caso de Ibaneis, por ele ser investigado, há uma possibilidade real de convocação para depor. Sobre o ex-ministro da Justiça, a senadora considera que ele seja um nome de peso para ser ouvido neste caso, por conta de sua função. Para ela, Anderson Torres será ouvido, com toda a certeza e segundo ela, isso acontecerá em breve.
Os militares do alto escalão não ficaram de fora desta conversa, para Eliziane, eles serão convocados a depor durante a CPMI. Mas na entrevista concedida ao jornal ela não revelou nomes ou cargos dos futuros participantes fardados.
Para a relatora, integrantes do governo atual que não se posicionaram contra o crime de terrorismo, devem também ser responsabilizados. Mas minimizou as acusações e consequências para este grupo, relembrando que por mais que seja um desejo dela, ainda não é algo real.
Eliziane ainda criticou a postura das esferas policiais, relembrou da segurança ostensiva feita pela Polícia Militar e a falta de trabalho ostensivo da Polícia Federal, que é uma polícia judiciária e não agiu da forma que a senadora esperava.
Foto Destaque: Eliziane Gama e Jair Messias Bolsonaro. Reprodução/Carta Capital