Nesta terça-feira (31) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou a jornalistas que a reforma tributária prevê a redução de impostos para a indústria.
“A ideia é essa. A reforma tributária prevê a redução de impostos para a indústria. Hoje não tivemos nenhuma discussão a mais sobre isso.” diz Haddad, segundo a CNN. Haddad foi abordado por jornalistas na saída de evento na Febraban (Federação Brasileira de Bancos), ao lado da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB).
Coordenando as duas pastas mais proeminentes da gestão da economia do Brasil, os ministros falaram à imprensa sobre a aposta na reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD) à presidência do senado, a projeção do FMI (Fundo Monetário Internacional) para o Brasil, a medida provisória do impacto do déficit fiscal no combate à inflação e a desoneração de combustíveis.
Fernando Haddad, Esther Dweck, Aloizio Mercandante, Carlos Fávaro. (Foto: Divulgação/Febraban).
Além deles, Aloizio Mercandante (presidente do BNDES), Esther Dweck (ministra da Gestão) e Carlos Fávaro (ministro da Agricultura) estavam presentes no café da manhã na Febraban. A expectativa para a reuniõ com os maiores banqueiros do país era de uma demonstração de unidade de propósito entre nomes fortes da equipe econômica do governo Lula.
Não é segredo que há uma contradição entre o setor de financeiro e os ministro, o que acaba reforçando a importância simbólica desse gesto, em um ambiente que é alvo de críticas perseverantes do Partido dos Trabalhadores (PT).
Segundo apuração da analista de economia da CNN, Thais Herédia, o clima dos dois lados era de diálogo e aproximação.
Fernando Haddad ainda declarou aos jornalistas que o antigo modelo de julgamento usado pelo Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), com benefício a colaborador em teses que classificou como absurdas e vergonhosas.
A declaração do ministro da Fazenda foi em referência ao voto de qualidade, do qual foi extinto durante o governo anterior, governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que autoriza o presidente do colegiado a desempatar julgamentos. O governo atual cooperou com uma medida provisória que reativa esse instrumento, acabando com o benefício automático a contribuintes em casos de empate.
Foto Destaque: Fernando Haddad. Reprodução/DW.
