O preço dos alimentos baixou pelo terceiro mês consecutivo. Embora o orçamento das famílias continue na corda bamba com as outras contas e as dívidas, especializas disseram ao Jornal Nacional que se continuar assim, pode começar a sobrar um espaço para o crescimento da economia.
Cena de esperança
Assistir o tomate, a batata inglesa, o leite longa vida e as carnes ficando mais baratas nos supermercados brasileiros é algo que tem animado os consumidores e os feito desejar que essa cena continue se repetindo por um bom tempo. “Quando a gente chega no mercado vê uma quedinha boa e diz: ‘Opa, hoje eu vou pegar isso aqui’. Aí você já vai pegando aquilo que tá faltando”, disse a costureira Lici Azevedo Lino ao Jornal Nacional.
Impacto positivo no PIB
Segundo o professor de economia do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), Otto Nogami, a queda nos preços dos alimentos gera um impacto positivo no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, já que o consumo das famílias chega a representar cerca de 60% dele. Porém, ainda que esse movimento seja bom para a economia, é preciso dá um passo de cada vez, pois esse pode ser um comportamento temporário, já que as famílias dependem das expectativas.
Ainda conforme o especialista, a pluralidade do consumo gera uma sensação de felicidade nas pessoas, já que elas têm seus desejos e vontades realizadas e, quase como em um efeito dominó, a economia passa a se sentir cada vez mais feliz e motivada para permanecer em movimento
Uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no mês de junho, mostra que a inflação acerca dos alimentos e bebidas vem caindo mensalmente e chegou a 4% em um acúmulo de doze meses até junho. De acordo com a pesquisa, produtos essenciais da cesta básica contribuem para essa queda.
Foto destaque: Consumidor fazendo compras no supermercado. Reprodução/Diário do comércio