O presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez um pronunciamento neste sábado (19), anunciando que iniciaria um cessar-fogo de páscoa por parte das tropas militares russas na guerra contra Ucrânia, que assola o leste europeu há 3 anos. Putin declarou que a ação de um cessar-fogo vai contar também com a reciprocidade das tropas ucranianas e que, apesar de ter ordenado que os militares russos não ataquem, deixou claro que eles estão de prontidão e irão revidar qualquer ameaça detectada vinda das tropas adversarias. O presidente russo também declarou que espera que a trégua seja mutua.
Entretanto, autoridades ucranianas afirmam que os ataques russos permanecem mesmo após o anúncio e que drones de ataque foram avistados minutos depois do início do cessar-fogo. A chamada "trégua de páscoa'' vai durar 30 horas, começando na tarde de sábado, dia 19, e se estendendo até o anoitecer de segunda-feira (21).
O anúncio de Putin
A ''trégua de páscoa'' irá se iniciar às 18h de sábado (19), na Rússia (12h no horário de Brasília) e irá terminar às 00h de segunda-feira (21), na Rússia, 18h de domingo (20) segundo o horário de Brasília, tendo uma duração total de 30 horas.
O Ministério da Defesa da Rússia declarou que as tropas russas respeitarão a ordem de cessar-fogo, desde que as tropas militares da Ucrânia também respeitem. Putin também afirmou que a posição da Ucrânia durante a trégua de Páscoa irá mostrar até que ponto as autoridades de Kiev estão dispostas a respeitar os acordos de pacificação.
Volodomyr Zelensky, presidente da Ucrânia (Foto: reprodução/Instagram/@zelenskyy_official)
O pronunciamento da Ucrânia
Um pouco depois do anúncio de cessar-fogo, o presidente da Ucrânia, Volodomyr Zelensky, informou que drones russos foram detectados em território ucraniano, mesmo após o início da trégua e que as autoridades do país já estavam tomando providências.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, disse que o país concordou com a proposta americana de um cessar-fogo de 30 dias, mas a Rússia recusou. Entretanto, reafirma que a Ucrânia mantém seu posicionamento e que a Rússia pode aceitar o acordo a qualquer momento.
Foto Destaque: Vladimir Putin, presidente da Rússia (reprodução/Instagram/@vputin.team)
