A discussão sobre a descriminalização do porte pessoal da maconha no Brasil tem ganhado destaque nas últimas semanas, especialmente após o voto favorável de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), propondo um limite de 60 gramas para a posse da substância. Essa proposta tem gerado intensos debates, já que ela poderá ter um impacto significativo nos processos de tráfico de drogas em todo o país.
O impacto do limite de 60 gramas nos processos de tráfico de drogas
De acordo com um cálculo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que analisou uma ampla amostra de acusações criminais provenientes de todos os tribunais brasileiros, aproximadamente 43% das apreensões de maconha registradas nos processos de tráfico estão dentro ou abaixo do limite proposto de 60 gramas, isso sugere que quase metade dos casos de tráfico de drogas no país seria afetada caso a proposta seja implementada.
O julgamento sobre a descriminalização da posse pessoal de maconha no STF encontra-se atualmente com um placar de 4 votos a favor da medida, no entanto, é importante destacar que o tema ainda será objeto de mais debates e análises, e o limite exato para a posse pessoal ainda não foi estabelecido de forma definitiva. Essa indefinição contribui para a complexidade das discussões, já que diferentes perspectivas e interesses estão em jogo.
A proposta de limitar a quantidade de maconha que pode ser considerada para uso pessoal visa a abordar a criminalização de usuários e reduzir o impacto negativo do sistema penal sobre indivíduos que possuem pequenas quantidades da substância. Argumenta-se que a descriminalização pode aliviar o sistema de justiça criminal, redirecionando recursos para questões mais urgentes e promovendo um enfoque de saúde pública em relação ao consumo de drogas.
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