Profissionais da área da Saúde de várias cidades protestaram, nesta quarta-feira (21), contra a suspensão do piso salarial da enfermagem, sancionado em agosto, que estabelece o valor mínimo a ser pago para enfermeiros, técnicos e auxiliares e parteiras como remuneração por suas atividades. Além da Capital Paulista, foram registrados alguns atos também no Rio de Janeiro, no Recife, em Belo Horizonte, em Brasília, em Natal e em Salvador.
“Estamos aqui hoje reivindicando o que é nosso por direito, com uma lei aprovada e sancionada. O país vive sem o Supremo, vive sem Barroso, mas sem saúde não… Isso aqui não é o que nós merecíamos. Valorização e dignidade salarial é o mínimo que nós temos direito”, relatou a profissional." relatou uma profissional.
Manifestação de profissionais de enfermagem, em Brasília (foto/reprodução: G1)
No início de setembro, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a lei que estabelece o piso para que sejam analisados dados relacionados aos impactos da medida na qualidade dos serviços de saúde e no orçamento de municípios e Estados.
A lei suspensa define que o mínimo que um enfermeiro pode ganhar nos hospitais públicos ou privados é R$ 4.750. Já o piso dos técnicos de enfermagem é R$ 3.325 e o dos auxiliares e parteiras, R$ 2.375.
Para o presidente do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), James Francisco dos Santos, o piso é um direito que foi conquistado de maneira legal e democrática e sua suspensão é injusta.
"Consideramos injusta a suspensão do nosso piso, que foi devidamente aprovado pelo Senado, Câmara dos Deputados e sancionado pelo presidente da República", afirmou o representante.