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Primeiro catari a se assumir gay diz que não sabe o que vai acontecer após Copa

O primeiro catari assumido gay publicamente dá entrevista exclusiva e conta o seu medo de como vai ser após a Copa do Mundo e sobre as denúncias de violência contra LGBTQIA+

07 Dez 2022 - 17h39 | Atualizado em 07 Dez 2022 - 17h39
Primeiro catari a se assumir gay diz que não sabe o que vai acontecer após Copa Lorena Bueri

O primeiro homem catari a se assumir gay concedeu uma entrevista exclusiva de 30 minutos ao Globo Esporte, na qual ele criticou a Fifa, o governo do Catar e a falta de comprometimento do futebol com a causa LGBTQIA+. Além de declarar, ter medo do que pode acontecer quando a Copa do Mundo de 2022 acabar.

O médico Nasser Mohamed, de 35 anos, afirma ser o primeiro homem catari a ter se assumido gay em público, algo que só fez quando estava em segurança e vivendo em outro país. Mohamed mora há 11 anos em San Francisco, nos Estados Unidos, onde mora, trabalha e luta pela defesa da comunidade LGBTQIA+.


Nasser Mohamed fez faculdade de medicina e após se formar em 2011, se mudou para os EUA. (Foto: Reprodução/Instagram)


No papo com o GE, o médico denunciou os maus tratos e as agressões contra homossexuais que ocorrem no Catar. Essa queixa já havia vindo à público, quando a ONG, Human Rights Watch, mencionou em um relatório em outubro deste ano.

O documento da ONG conta seis casos de violência contra pessoas da comunidade LGBTQIA+, sendo as vítimas quatro mulheres trans, uma mulher bissexual e um homem gay, além de cinco casos de assédio sexual sob custódia policial em 2019 e 2022. O governo do Catar afirmou, na época, que as denúncias eram falsas.

“Desde que era mais jovem sabia que eu não me encaixava no país. Não era seguro. A comunidade LGBT do Catar ou ainda residente no Catar é perseguida mais severamente do que os visitantes. Até eu sair do Catar, mantive essa parte de mim escondida de todo mundo, incluindo da minha família, da qual sinto falta”, relatou o médico.

Mohamed foi para o Estados Unidos para completar os estudos e pediu asilo político ao país, pois estava preocupado em ser prejudicado se voltasse ao seu país natal. “Falei para minha família naquela época e eles cortaram contato comigo. Hoje moro em San Francisco. A perseguição à comunidade LGBT no Catar é mais do que apenas não te aceitarem. Eles acabam contigo”, completa o catari.

Segundo Mohamed, durante a Copa do Mundo o Catar está tentando projetar uma imagem falsa de uma sociedade tolerante ao sediar o evento esportivo, mas que na realidade não é assim. Ele diz que o país é uma ditadura autoritária, em que as pessoas não podem expressar publicamente opiniões diferentes. Além disso, o médico contou que a perseguição aos homossexuais se dá por agentes do governo infiltrados em aplicativos de namoro e em empresas de telefone que espionam os dados pessoais e perseguem os cataris que eles suspeitam ser LGBT.

Nas conta que as pessoas da comunidade são sequestradas e depois desaparecem ou são espancadas, ele diz já viu imagens das pessoas machucadas e que depois da agressão, o governo os submete “terapia de conversão” enquanto estão detidos.


Vídeo divulgado no Instagram Proud Maroons, grupo feito por Nas de torcedores gays. (Reprodução/Instagram)


Ao ser questionado sobre o a preocupação, o ativista relata que sua maior preocupação é como as pessoas LGBTQIA+ serão tratadas com o fim da Copa do Mundo, quando “as câmeras forem apontadas para outro lado”, ele continua: “Porque internamente eles já estão falando em ‘limpeza ocidental’. A situação vai piorar depois da Copa”. Mohamed pretende continuar passando mensagens de luta e mesmo estando irritado com a Copa do Mundo.

Além disso, Mohamed criou o grupo de torcedores ‘Proud Maroons, para incentivar as pessoas a torcerem e fazerem demonstrações de afeto, além de permitir que a seleção tenha torcida de pessoas da comunidade, coisa que normalmente é proibido. O GE perguntou se ele descarta voltar para sua terra natal, o Catar, um dia, e o médico relata que tem a chance de viver nos Estados Unidos livremente e que não quer voltar porque as pessoas são torturadas e mortas.

 

Foto Destaque: Nasser Mohamed, o primeiro catari assumido homossexual. Reprodução/Instagram

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