O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, declarou neste domingo (29), que conversas entre a Suécia e Finlândia, não fluíram no nível desejado em relação a sua entrada na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). O presidente declarou que as conversas não correram da forma desejada e espera resolução de problemas políticos, antes da decisão. A Turquia é um dos representantes da OTAN mais influentes principalmente por ter um dos maiores exércitos do grupo.
As delegações da Suécia e da Finlândia, tiveram contato com o porta-voz do presidente, Ibrahim Kalin, na sexta-feira (27), mesmo as conversas não terem avançado da forma que queriam Kalin se manteve otimista e acreditando que conseguira chegar em um consenso com as delegações, mas sem prejudicar a segurança do povo turco.
“Estamos determinados a garantir que o processo avance de forma sólida e que progrida dependendo das medidas tomadas para atender às preocupações de segurança da Turquia”, disse Kalin.
O presidente turco Erdogam acusou ambos os países (Finlândia e Suécia) de abrigarem membros dos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, grupo separatista militante conhecido como "PKK", que buscam um estado independente na Turquia através de conflitos armados.
“Não podemos dizer ‘sim’ aos países que apoiam o terrorismo para se juntarem à Otan”, disse Erdogam em comunicado publicado pelo governo.
Presidente Erdogan discurssando (Foto Reprodução: Twitter)
O presidente também mencionou que entrara em contato com a Rússia e a Ucrânia em busca da solução da guerra por meio de canais de diálogo, para que o conflito não se estenda mais.
A decisão da Finlândia e da Suécia de ingressar na OTAN é por conta do recuo de algumas tropas para Moscou, onde à Rússia já havia declarado que países próximos que acabassem se aliando a organização do atlântico norte teriam problemas similares aos que ocorrem com a Ucrânia. Visto esse eventual problema a entrada de ambos os países na OTAN, trariam aliados para um eventual conflito, sendo os principais deles o Estados Unidos da América e a Turquia, detentores dos maiores exércitos da aliança.
Foto Destaque: Presidente Turco Tayyip Erdogan. Reprodução/ REUTERS/ Yves Herman/ Pool.