O prefeito de Nova Iorque sancionou uma lei que proíbe, a partir dessa semana, que apartamentos sejam alugados por menos de um mês, comprometendo principalmente uma das maiores empresas do ramo de aluguéis de curta temporada, o Airbnb. É estimado que na cidade haja 36 mil apartamentos aptos para serem locados.
O que diz a lei
A nova lei permite o aluguel de quartos, porém, seguindo uma série de condições impostas, como o anfitrião ter de morar e estar presente durante toda a estadia dos visitantes; não se pode ter mais de dois visitantes ao mesmo tempo; e não poderá trancar a porta do quarto.
Haverá também, por parte do proprietário, a realização de um cadastro junto a prefeitura pagando uma taxa de 145 dólares a cada dois anos. Mas essas autorizações não são fáceis de conseguir, pois os órgãos públicos estão dificultando ao máximo a vida dos anfitriões, dos 3800 pedidos feitos até agora, apenas 300 foram concedidos.
O que dizem os políticos
Segundo a prefeitura de Nova Iorque, o aluguel de curta temporada era uma prática que gerava muito barulho, lixo, insegurança e ilegalidade. Os visitantes e os residentes da cidade não se sentiam confortáveis, segundo os políticos, em conviver com viajantes temporários.
Prédios de Nova Iorque (Foto: reprodução/Freepik/wirestock)
Medida pode afastar turistas
Para o diretor de Política Global do Airbnb, Theo Yedinsky, a cidade está enviando uma mensagem para os novos visitantes que terão menos opções de hospedagem e que a partir de agora não são mais bem-vindos.
Com a proibição dos aluguéis por curtos períodos, a tendência é que os preços de quartos de hotéis tendem a elevar ainda mais os seus preços, pois não haverá mais a concorrência, mais barata, desses quartos e apartamentos. Pessoas com menos recursos não conseguirão mais visitar a cidade.
Possível crise
Muitas pessoas depois que se aposentaram acabaram comprando casas ou apartamentos na cidade a fim de investir alugando por curtos períodos, e com o dinheiro recebido, pagar a hipoteca. Com a proibição, a organização Rhoar, que representa os proprietários de até dois imóveis, afirma que isso poderá gerar, em curto prazo, uma crise de habitação.
Outras cidades nos Estados Unidos já implementaram esse tipo de proibição a aluguéis de curta temporada, como a cidade de São Francisco, mas a lei aprovada e sancionada em Nova Iorque é mais restritiva e polêmica do que a da cidade da costa oeste.
Foto destaque: Nova Iorque. Reprodução/Freepik/wirestock