Um hotel de dez andares chamado Hotel Dubrovnik desabou em Villa Gesell, cidade costeira localizada na Argentina, durante a madrugada desta terça-feira (29). Parte do prédio também atingiu um imóvel vizinho, que acabou ruindo. Até o momento, entre nove a onze pessoas estão desaparecidas sob os escombros, um homem de 80 anos morreu no desabamento e outra foi resgatada com vida.
Construção irregular sob suspeita
A torre traseira do Dubrovnik desabou por volta da 1h da manhã e ainda não se sabe qual foi a causa do acidente. De acordo com a Prefeitura de Villa Gesell, entre as pessoas soterradas estavam trabalhadores de uma obra clandestina que estava sendo feita na área colapsada do imóvel sem as licenças municipais.
Também foi relatado pelo órgão que havia apenas uma obra autorizada, que era a construção de um elevador na parte frontal do prédio, sem ligação com a estrutura que caiu. Quatro pedreiros vinculados com a reforma que estava sendo realizada no hotel foram presos pela polícia, mas não tiveram as suas identidades reveladas.
Bombeiros fazendo buscas pelas pessoas soterradas no desabamento do Hotel Dubrovnik (Foto: reprodução/Instagram/@villagesllmunicipio)
Trabalho de resgate minucioso
Segundo o chefe dos bombeiros da cidade, Hugo Piris, as buscas pelos desaparecidos estão sendo feitas desde que chegaram ao local após uma ligação notificando a ocorrência, totalizando cerca de dez horas de operação. As operações de resgate e remoção dos destroços possuem uma equipe constituída por bombeiros voluntários municipais de Buenos Aires e províncias vizinhas, além do uso de cães farejadores.
Também estão no local as equipes de Saúde, Segurança, Defesa Civil e Trânsito municipais, o ministro de Segurança da capital argentina e o prefeito de Villa Gesell. A pessoa resgatada com vida é uma mulher que estava no prédio vizinho, a qual estava se comunicando com os bombeiros e recebendo ar por meio de canos. Ela foi levada ao hospital após ser retirada dos escombros.
Foto destaque: Hotel Dubrovnik após desabamento (reprodução/Mauro V. Rizzi/La Nacion)