Prestes a completar 3 meses do início do conflito entre Rússia e Ucrânia, cerca de mil ucranianos morreram durante a invasão, de acordo com os dados fornecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Diversos líderes, principalmente de países ocidentais, se posicionaram contra a Rússia, inclusive impondo sanções ao Banco Central Russo e a investidores que tinham negócios no exterior.
Mesmo com as sanções a popularidade de Putin não deu indícios de abalo, a justificativa oficial é combater os movimentos neonazistas e nazistas em território ucraniano, a ação teve 83% de aprovação pela população russa, segundo o instituto independente russo Levada. A ação ainda garantiu mais 12 pontos para o Putin em comparação com fevereiro do mesmo ano.
O argumento dado por Putin em relação da invasão tem certa veracidade, considerando que em diversas fotos podemos ver soldados com símbolos nazistas, como o sol negro, muito associado com a SS, a divisão que foi comandada pelo Heirich Himmler. Batalhão Azov que é inspirado em um colaboracionista ucraniano do nazismo.
Símbolo nazista em soldados ucranianos (Foto: Reprodução/Anastasia Vlasova/Getty Imagens)
Porém a Rússia tem registrado manifestações diárias contra a invasão ao país vizinho, mesmo que de forma limitada. Alexey Navalny, dissidente que havia sido preso por oposição ao governo, fez declarações favoráveis às manifestações em defesa do cessar-fogo.
A polícia russa prendeu mais de 5000 pessoas que protestavam, no dia 6 março em 60 cidades diferentes do país, dados que foram divulgados pela ONG russa de direitos humanos OVD-Info. As informações são da agência Ansa.
Putin tenta garantir apoio popular usando uma retórica baseada em alguns pilares. Dentre esses pilares estão, glorificar o passado vitorioso durante a Segunda Guerra Mundial e estimular a mítica de uma potência russa que continuou a lutar contra os nazistas mesmo tantas décadas após a guerra.
Esse discurso está longe de ser recente, já que passou a fazer parte da Constituição em 2020, proibindo qualquer minimização do heroísmo dos soldados russos.
Foto Destaque: Putin em pronunciamento. Reprodução/ Getty Images