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Policial militar é preso suspeito de executar delator do PCC em aeroporto de São Paulo

No total 15 agentes da PM foram presos nesta quinta-feira (16) em operação da Corregedoria da Polícia Militar de SP

16 Jan 2025 - 15h00 | Atualizado em 16 Jan 2025 - 15h00
Policial militar é preso suspeito de executar delator do PCC em aeroporto de São Paulo Lorena Bueri

A Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo prendeu, nesta quinta-feira (16), um cabo da ativa apontado como suposto autor dos disparos que mataram Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), que foi executado no ano passado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo

Gritzbach era acusado de participar de esquemas de lavagem de dinheiro para a facção criminosa. Em sua delação premiada com o Ministério Público, ele revelou nomes de pessoas associadas ao PCC e também denunciou policiais por corrupção. No total, 15 PMs foram detidos na operação, incluindo 14 do núcleo de segurança pessoal do delator e o suspeito de ser o atirador.

O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, declarou em entrevista que as detenções demonstram que a corporação não tolera desvios de conduta e garantiu que haverá punições.

"É inaceitável o envolvimento de agentes da lei com o crime, seja na Polícia Militar ou na Polícia Civil. Aqueles que apresentarem desvios de conduta, especialmente em relação ao crime organizado, serão rigorosamente punidos", assegurou. O secretário também explicou que o processo está em segredo de Justiça e, por essa razão, os nomes dos PMs não serão revelados.

O policial detido, apontado como atirador do crime, é o cabo Denis Antonio Martins. A defesa do policial não deu nenhuma declaração sobre o caso.

Vazamento de informações confidenciais 

A investigação teve início após uma denúncia anônima recebida em março do ano passado, que alertava sobre o vazamento de informações confidenciais que beneficiavam criminosos associados à facção. O intuito era impedir prisões e perdas financeiras para o grupo criminoso.

De acordo com a Corregedoria, informações estratégicas eram divulgadas e comercializadas por policiais militares em atividade e da reserva. Um dos favorecidos era Vinícius Gritzbach, que contava com PMs em sua escolta particular, evidenciando a colaboração de agentes com a organização criminosa.

Cronologia da investigação

Em março de 2024, a Corregedoria da PM recebeu uma denúncia sobre policiais militares que prestavam segurança e também repassavam informações confidenciais para membros da organização criminosa denominada como PCC. Meses depois em outubro de 2024, uma nova denúncia é encaminhada à Corregedoria, acompanhada de fotos que mostravam policiais fazendo a escolta de Vinícius Gritzbach durante uma audiência no Fórum da Barra Funda.  

No dia 8 de novembro de 2024, Gritzbach é assassinado no aeroporto de Guarulhos. Os policiais que o escoltavam são detidos e têm seus celulares confiscados. A Corregedoria da PM, então, inicia a análise das informações e descobre que os policiais integravam uma rede de proteção ao PCC, repassando dados que permitiam os criminosos se antecipar às ações policiais.  

Assim, a Corregedoria identifica um dos executores do crime contra Gritzbach. Através da quebra do sigilo telefônico, foi possível confirmar sua presença na cena do crime. Em seguida, realizaram um trabalho detalhado de reconhecimento, ouvindo testemunhas que viram o homem durante a fuga.


Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi executado com 29 tiros no aeroporto de Guarulhos, São Paulo (Vídeo: reprodução/X/@submundodocrime)


Execução de Vinícius Gritzbach

As câmeras de segurança do aeroporto de Guarulhos registraram o assassinato de Vinícius Gritzbach, realizado por homens encapuzados armados com fuzis, que fugiram logo após o crime. Um motorista de aplicativo que estava presente no local foi atingido por um dos tiros e também perdeu a vida.

Dois suspeitos de envolvimento na execução foram detidos dias depois por uma força-tarefa estabelecida pelo governo paulista para investigar o ocorrido.

Foto destaque: Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, era delator do PCC e  foi assassinado no dia 8 de novembro de 2024 (reprodução/Record TV)

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