Ingressar em uma universidade está entre uma das prioridades da humanidade dos dias atuais, quando não por vontade de seus filhos, seja pela vontade dos pais em verem os filhos crescendo e criando carreira; entretanto, há diferentes formas de conseguir a tão sonhada bolsa em uma universidade e o método mais conhecido no Brasil é por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), e por meio de outros processos seletivos que possibilitam o ingresso em uma universidade privada, como os vestibulares. Entretanto, entre os anos de 2022 e 2023, uma operação da Polícia Federal, intitulada Operação Passe Livre, apontou fraudes no ENEM, que facilitou ingresso em universidade pública.
Na última quarta-feira (16), a Polícia Federal deflagrou a quarta fase da operação em quatro estados: Pará, Piauí, São Paulo e Tocantins, pois, as novas investigações apontam a continuidade do grupo agindo em esquemas criminosos sob novos processos seletivos; dessa vez, o objetivo é desfragmentar o grupo de criminosos que estão fraudando vestibulares para ingresso em cursos de medicina.
Polícia Federal em ação (Foto: reprodução/Ministério da Justiça e Segurança Pública)
Esquema do “esquema”
O esquema funciona mediante o pagamento de uma quantia estipulada em 2 mil reais por candidato. O dinheiro é passado para o grupo de criminosos que ficava encarregado de resolver as questões da prova em nome dos candidatos; outro método de fraude era na permissão de terceiros acessarem as questões dos exames de forma online e até mesmo na resolução completa das questões pelo grupo.
Crimes imputados à prática
Os 30 suspeitos investigados podem responder a diversos crimes, entre eles o de estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso; enquanto isso, os polos educacionais são vistos como vítimas na situação, pois, até o momento, não foram constatados nenhum indício de participação efetiva das universidades no esquema, porém a Polícia Federal continua investigando os envolvidos e o esquema. Dentre os crimes cometidos, as penas variam entre 1 e 10 anos, podendo ainda ser aplicada reincidência de multa.
Foto Destaque: Marcação de gabarito (Reprodução/Metropóles/Rafaela Felicciano)