A Polícia Federal apreendeu nesta quarta-feira (28) materiais com nomes de ministros, outros profissionais e informações sobre atentados, serviços de monitoramento e homicídio encomendado, oferecidos por um grupo. Entre os alvos, estão o Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e o Ministro Cristiano Zanin, também do STF.
Conforme nota da PF, mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão foram determinados nos estados de Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo, assim como a proibição de saída do país aos envolvidos.
Segundo a investigação, a formação tem envolvimento com o assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto a tiros em 5 de dezembro de 2023 em Cuiabá–MT. A apreensão do objeto é uma continuidade da operação que apura o caso de Zampieri.
Operação Sisamnes
A operação Sisamnes está na sétima fase e, além de investigar a morte do advogado, também examina a venda de decisões dos gabinetes do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo a PF, o grupo cobrava em torno de R$ 250 mil para vigiar e assassinar autoridades brasileiras. Eles se denominam como Comando C4 (sigla para Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos), nome inspirado em organização militar que operou durante a Ditadura Militar Brasileira e perseguia contrários ao sistema.
#OPERAÇÃOPF | PF combate organização criminosa responsável pela prática de crimes de espionagem e homicídios sob encomenda. A 7ª fase da Operação Sisamnes tem o intuito de investigar possíveis mandantes e eventuais coautores do homicídio de um advogado em 2023. Foram… pic.twitter.com/G0wJmj79IA
— Polícia Federal (@policiafederal) May 28, 2025
PF investiga grupo extremista (Foto: reprodução/X/@policiafederal)
Assassinato de Zampieri
Roberto Zampieri foi assassinado no bairro Bosque da Saúde, dentro do carro, no início de dezembro de 2023, por disparos de uma arma de fogo. O mandante do crime foi um fazendeiro de 73 anos de Rondonópolis (219 km da capital mato-grossense), motivado por uma disputa de terras envolvendo o advogado, que representava a outra parte no caso.
Já o intermediário do crime é o coronel Etevaldo Luiz Caçadini, que é suspeito de envolvimento com o grupo extremista e está preso desde 2024. Além dele e do fazendeiro, o financiador da execução também está na prisão.
Foto Destaque: Alexandre de Moraes (Reprodução/Gustavo Moreno/STF)