As buscas por familiares e amigos continuam em Petrópolis, cidade do Rio de Janeiro acometida pelas grandes chuvas intensas, que está programa para o mês inteiro. O número de mortos já ultrapassou mais de 130 pessoas.
Em 24 horas também aumentou o número de desaparecidos e já contabilizou 213 pessoas que seguem sendo procuradas tanto por bombeiros quanto por parentes.
Assim como os órgãos oficiais, isto é, Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro, a população se sensibilizou, através das redes sociais para também ajudar nas buscas. Como exemplo, páginas do Instagram que divulgam dados de algumas pessoas como, nome e foto.
Casa da família Sorgini. (Foto: Reprodução/G1/Getty Imagens)
Em entrevista, familiares que seguem essas buscas, em certas ocasiões, ainda creem na esperança de encontrá-los vivos.
Como exemplo Sofia Sorgini, irmã de Olga Sorgini e filha de Maria Bernadete, 61 anos, relata o desaparecimento de ambas no bairro Alto da Serra, um dos mais impactados pela chuva.
“Todos os dias, temos ido nos pontos de apoio, nos abrigos, o IML a gente está ligando. Eles pediram para não ir lá”, informou Sofia.
Sofia ainda afirma que boatos tendem a dificultar ainda mais as buscas pelos familiares, principalmente quando é passado informações acerca do paradeiro das pessoas.
“É uma situação bem difícil, é impossível não ficar com medo. Tem vários boatos que circulam, né? Que alguém diz que viu, que falam que foi encontrado o corpo, que falam que está em hospital. A gente verifica tudo, liga para todos os hospitais para perguntar sobre as duas.”
A irmã e a mãe de Sofia estavam na rua Jacinto Rabelo, Vila Felipe, quando a barreira se rompeu no dia 15, terça-feira. Nas fotos divulgadas é possível perceber que a casa foi tomada por lama, escombros e até galhos de árvores, todos ocasionados pela grande chuva.
Foto destaque: Portal dos desaparecidos de Petrópolis criado pela Polícia Civil. Reprodução/G1