Após viralizar vídeo do resgate de um casal que ficou a deriva no mar de Copacabana, no Rio de Janeiro, na última quarta-feira (19), a Prefeitura informou que a venda dessa atividade é proibida.
Conforme a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), a prática não é regulamentada. O uso do material flutuante, não é considerada atividade comercial e não possui licenciamento — neste caso, é ilegal. Para coibir a prática, a Seop disse em entrevista que a Guarda Municipal será responsável por intensificar a fiscalização.
Porém, segundo o Corpo de Bombeiros, os salva-vidas sempre orientam que banhistas evitem essas bolhas em locais com água agitada. A corporação também ressaltou que a atividade não tem nenhum amparo de regulamentação e pode ocasionar acidentes ainda mais graves.
Internautas comentaram no vídeo que viralizou na quinta-feira (20), sobre a falta de fiscalização: "Aqui no Rio é assim: é só criar o seu negócio e abrir em qualquer lugar. Não precisa de autorização e nem inspeção", ironizou um homem, entre outros comentários sobre a situação.
Casal é resgatado após ficar preso em bolha inflável no Rio (Foto:Reprodução/Jornal da Record/YouTube)
Fábio Contreiras é major do Corpo de Bombeiros e explicou que a prática é muito perigosa, pois, a bolha possui zíper somente pelo lado de fora. Em caso de emergência, quem está dentro não consegue abrir. “Além disso, o ar dentro da bolha é limitado e, caso as pessoas não sejam retiradas, elas podem morrer", afirmou o major.
Um tipo de brinquedo aquático que virou atração turística recentemente, a bolha é colocada no mar e fica presa por meio de uma corda, controlada por uma pessoa na areia. A corda que deveria ter segurado a bolha do incidente foi justamente a grande culpada, pois ela se soltou causando todo esse transtorno.
A bolha “gigante” inflável ficou conhecida a pouco tempo atras, utilizada em atividades pelo mundo todo, até em esportes radicais. Shoppings e parques criaram aventuras inclusive em piscinas, porém, as práticas eram regulamentadas e o uso da bolha não causaram acidentes como este, devido não haver pressão da água na piscina, como há no mar.
Foto Destaque: Trecho da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Reprodução: Folha de São Paulo