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Parlamento venezuelano solicita que Maduro encerre relações diplomáticas com a Espanha

O Parlamento espanhol reconheceu Edmundo González como o presidente eleito da Venezuela nas eleições de 28 de julho; desde setembro, ele está asilado na Espanha

09 Out 2024 - 12h30 | Atualizado em 09 Out 2024 - 12h30
Parlamento venezuelano solicita que Maduro encerre relações diplomáticas com a Espanha Lorena Bueri

Nesta terça-feira (8), o Parlamento venezuelano, dominado por deputados chavistas, aprovou um acordo solicitando ao presidente Nicolás Maduro que encerre as relações diplomáticas com a Espanha. Essa decisão foi uma reação aos questionamentos feitos por congressistas espanhóis sobre sua reeleição, a qual a oposição considera uma fraude.

Impasses diplomáticos na Venezuela

Até agora, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, alinhado à posição da União Europeia, solicitou a divulgação das atas eleitorais das eleições, mas não reconheceu Edmundo González como presidente eleito devido a questões diplomáticas. Desde 8 de setembro, González está asilado na Espanha após uma ordem de prisão emitida pela Justiça venezuelana contra ele.

O pacto concentrou-se na desaprovação da resolução assinada por parlamentares espanhóis que solicitaram ao governo de Pedro Sánchez, de orientação esquerdista, o reconhecimento do opositor Edmundo González Urrutia como o vencedor das eleições de 28 de julho.


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Edmundo González em campanha (Foto: reprodução/GettyImages Embed/Alfredo Lasry R)


Tensões e conflitos na Venezuela

A Assembleia venezuelana declarou categoricamente inaceitável a lamentável resolução aprovada pela direita fascista do Congresso de deputados da Espanha e exigiu respeito pela reeleição de Maduro.

“A paciência tem um limite e fomos pacientes”, disse Rodríguez, que já havia trazido uma proposta no dia 11 de setembro, data da aprovação da resolução pelo congresso Espanhol.

A oposição venezuelana, chefiada por María Corina Machado, reivindica a vitória de Edmundo González, de 75 anos, com base em 80% das atas eleitorais coletadas pela oposição e disponibilizadas em um site.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que está alinhado ao governo, declarou Maduro vencedor de um terceiro mandato consecutivo, mas não divulgou a apuração detalhada, alegando que foi vítima de um ataque cibernético.

Uma decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), que também apoia o presidente Maduro, confirmou a vitória do mandatário de esquerda e impediu a divulgação das atas eleitorais. A reeleição de Maduro provocou protestos que resultaram em 27 mortes, 192 feridos e mais de 2.400 prisões.

Foto destaque: Presidente Venezuelano Nicolás Maduro (Reprodução/Gettyimages Embed/Pedro Rances Mattey)

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