Nesta quinta-feira (8), o cardeal americano Robert Prevost foi anunciado como o novo papa da Igreja Católica. Leão XIV, como passará a ser chamado, é acusado de ter encoberto casos de abusos sexuais.
Entenda o caso
Nos últimos anos, Prevost encarou polêmicas sobre as acusações de ter acobertado casos de abusos sexuais em dois momentos. O primeiro acontecimento se deu durante o período em que ele era provincial da Província Agostiniana de Chicago (EUA), sua terra natal, entre os anos de 1999 e 2001.
A polêmica envolveu sua postura em relação à autorização da permanência em um priorado agostiniano e próximo a uma escola primária, de um padre que já havia sido condenado por abuso sexual. Um tempo depois este padre foi retirado da Igreja, mas não há evidências de que Prevost tenha de fato autorizado esta situação.
O segundo caso, e mais recente, foi quando ocorreram questionamentos sobre o fato de Prevost ter conhecimento das acusações de abuso na Diocese de Chiclayo, no Peru, da qual ele fez parte como bispo no período de 2014 a 2023.
Durante a condução do caso, onde dois padres foram acusados de abusar de três meninas em abril de 2022, Robert Prevost foi suspeito de não ter investigado os casos de forna adequada, encobrindo os padres acusados.
De acordo com a Diocese de Chiclayo, Prevost agiu de forma adequada, recebeu e atendeu as vítimas pessoalmente, as incentivou a levar o caso às autoridades e abriu uma investigação canônica.
➡️ Leão XIV: novo papa já foi acusado de acobertar caso de abuso sexual
— Metrópoles (@Metropoles) May 8, 2025
Novo papa Leão XIV é acusado de ter acobertado caso de abuso sexual de padres da Diocese de Chiclayo, no Peru, da qual foi bispo
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Novo papa Leão XIV (Foto/Reprodução/X/@Metropoles)
Condução do caso
Em maio deste ano, vieram a tona alegações de que a Diocese de Chiclayo teria pago uma quantia de 150 mil dólares para as três meninas vítimas do abuso, como forma de silenciá-las e abafar o escândalo.
O assunto repercutiu e virou tema de uma reportagem na televisão peruana e contou com a participação das meninas em uma entrevista.
Apesar de Prevost ter sido defendido nos dois casos, a InfoVaticana, impressa especializada no Vaticano, afirma que as investigações ainda não terminaram.
Foto Destaque: Papa Leão XIV (Foto/Reprodução/vaticannews)