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Papa Francisco faz apelo por ajuda aos países emergentes sufocados por dívidas

Tal situação leva alguns países a sacrificarem a saúde e a educação em nome dos juros da dívida

16 Jun 2024 - 18h30 | Atualizado em 16 Jun 2024 - 18h30
Papa Francisco faz apelo por ajuda aos países emergentes sufocados por dívidas  Lorena Bueri

Em reunião sobre a crise global dos países emergentes na semana passada, o Vaticano, representado pelo Papa Francisco, reuniu-se com lideranças econômicas para discutir a situação dos países pobres que estão sendo sufocados com dívidas bilionárias. Na ocasião, o Papa pede ajuda às grandes potências mundiais em prol desses países.

As nações emergentes acumularam dívidas de US$ 29 trilhões em dívida pública, que representam 14 vezes a produção total do Brasil no ano de 2023, a maioria dos países paga juros, ao invés de investir em setores essenciais como saúde e educação, conforme relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento.

O BIP equivale a soma de toda a produção de um país em bens e serviços, no ranking dos países mais individualizados do mundo é o Egito, que a dívida chega a 92,7% do PIB. A Argentina que sofre com crise financeira está em segundo lugar, com 89,5% do PIB, o que agrava a situação da Argentina é que o país acumula déficits fiscais que decorrem por mais de 10 anos, na prática, o país tem gastos superiores ao que arrecada.

Papa Francisco fez um apelo para que os países emergentes tivessem dívidas reduzidas ou anistiadas, lembrou um momento histórico que foi o perdão da dívida no ano do Jubileu, pedindo que a ajuda diminua a miséria e a angústia de milhões de pessoas no mundo.

A guerra da Ucrânia e outros conflitos dispararam os preços de energia e alimentos, produtos essenciais para a qualidade de vida, os bancos centrais extrapolaram com as altas taxas de juros, o que enfraqueceu o crescimento econômico nestes países.


 Cidade de Lagos, Nigéria (Foto: reprodução/Peter Viisimaa/Getty Images Embed)


Situação do Brasil

O Brasil está em terceiro lugar no ranking de endividamento externo, segundo o relatório Monitor Fiscal, do Fundo Monetário Internacional (FMI). A expectativa para o PIB declinou principalmente após os desastres climáticos que atingiram o Rio Grande do Sul, os números da economia são alarmantes para o segundo semestre de 2024 e 2025.

A inflação é um fator determinante para o risco econômico em qualquer país, pois as incertezas do futuro podem estimular os investimentos e diminuir o crescimento econômico, ocasionando vários problemas para o país.


Medica medicando criança africana (Foto: reprodução/Hadynyah/Getty Images Embed)


Como resolver o problema da inflação

A inflação é um desafio para todos os países emergentes, controlá-la não é fácil, a melhor maneira de fazê-lo é tentar reduzir os gastos da máquina pública. Quando as contas estão equilibradas o Estado não precisa criar e impostos isso beneficiará a liberdade econômica das empresas e do cidadão. 

 Foto destaque: Papa Francisco junto com líderes do G7 (Reprodução/Antonio Masiello/Getty Images Embed)