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Papa Francisco critica deportações de Trump e pede: "Não cedam a narrativas discriminatórias"

Papa Francisco critica deportações de Trump pede solidariedade aos migrantes e faz alerta; O que é construído com força e sem dignidade humana terminará mal

11 Fev 2025 - 19h19 | Atualizado em 11 Fev 2025 - 19h19
Papa Francisco critica deportações de Trump e pede: 'Não cedam a narrativas discriminatórias' Lorena Bueri

O Papa Francisco voltou a levantar a voz contra as políticas migratórias do governo dos Estados Unidos. Em uma carta enviada aos bispos católicos do país, o pontífice fez duras críticas à repressão à imigração promovida pelo presidente Donald Trump, chamando a situação de uma "grande crise" e alertando para as consequências de um sistema que desconsidera a dignidade humana.

"Qualquer coisa erguida na base da imposição e não no respeito à igualdade de todos os seres humanos já nasce torta e está fadada a ruir.", escreveu Francisco na mensagem divulgada nesta terça-feira (11). O papa também destacou que é um erro tratar os imigrantes indocumentados como criminosos, reforçando que a Igreja não pode se calar diante de injustiças. Em tom firme, exortou os fiéis a resistirem às narrativas que espalham o medo e a discriminação contra migrantes e refugiados: "Incentivo a todos os fiéis da Igreja Católica a resistirem a discursos que promovem a discriminação e exigem o sofrimento causado aos nossos irmãos e irmãs migrantes e refugiados."



Carta enviada pelo Papa Francisco aos bispos católicos dos EUA (Imagem: Reprodução/vatican.va.com/Vaticano)


Resposta de Trump 

A resposta do governo dos Estados Unidos não demorou a chegar. Tom Homan, conselheiro de Trump para a segurança de fronteiras, rebateu as críticas do pontífice com um tom desafiador: "Que ele foque na Igreja Católica e deixe a questão da vigilância das fronteiras para nós. Ele nos critica por proteger nossas fronteiras? O Vaticano não está cercado por muros? Por que os Estados Unidos não poderiam ter o seu próprio?"

O embate entre o Papa Francisco e Trump sobre imigração não é novidade. Durante a campanha presidencial de 2016, Francisco já havia afirmado que Trump "não era cristão" em suas posições sobre o tema. Agora, a nova carta do Papa aprofunda ainda mais a tensão entre a liderança católica e a administração republicana.


Presidente americano Donald Trump (Foto: Reprodução/Instagram/@teamtrump)


Uma igreja que constrói pontes e não muros

Para Francisco, a solução para a crise migratória não está na repressão, mas na solidariedade e na construção de pontes. O Papa alertou que o uso da força para lidar com os fluxos migratórios ignora a real questão: as condições de vida que fazem com que milhares de pessoas deixem seus países em busca de sobrevivência.

"A não migração é uma questão de segurança, mas um desafio humanitário. Em vez de focarmos em barreiras, convém refletir sobre o que leva tantas famílias a arriscar tudo para atravessar uma fronteira. Não é apenas medo, é desespero." A posição do Papa fortalece a corrente dentro da Igreja que defende uma postura mais humanitária em relação às políticas migratórias. Contudo, também gera resistência entre setores católicos mais conservadores nos EUA, que frequentemente apoiam Trump e suas medidas contra a imigração ilegal.

O embate entre o Vaticano e a Casa Branca deve continuar gerando repercussões nos próximos dias. Para Francisco, a Igreja precisa estar ao lado dos vulneráveis, não do poder político. E, para Trump, a segurança nacional continuará sendo prioridade, mesmo que isso signifique desconsiderar os apelos do Papa.


Foto Destaque: Papa Francisco em viagem Eucarística (Reprodução/@vaticanolasantasede/Instagram)

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