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PGR se manifesta contra pedido de soltura de Robinho

A Procuradoria-Geral da República (PGR) posicionou-se contra o pedido da defesa de Robinho para que ele seja solto enquanto um recurso é analisado.

09 Abr 2024 - 10h20 | Atualizado em 09 Abr 2024 - 10h20
PGR se manifesta contra pedido de soltura de Robinho Lorena Bueri

A PGR, representada pelo procurador-geral da República Paulo Gonet, emitiu um parecer ao STF, se posicionando contra a solicitação da defesa de Robinho de ser liberado até a análise de um recurso pela Suprema Corte. Com a prisão autorizada pelo STJ e o pedido de habeas corpus negado pelo Ministro do STF Luiz Fux, o ex-jogador permanece detido desde 21 de março, cumprindo pena pelo envolvimento em um caso de estupro ocorrido em uma boate na Itália. Enquanto isso, a defesa busca a revisão da decisão colegiada do Superior Tribunal de Justiça. 


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 Robinho do Brasil (Foto: reprodução/Mathew Ashton/AMA/Corbis via Getty Images)


Posicionamento da PGR 

A posição da PGR ressalta que a confirmação final da sentença condenatória na Itália é suficiente para justificar a prisão imediata de Robinho no Brasil. O parecer também destaca que a questão da culpabilidade já foi definitivamente decidida em um processo legal, mesmo que este tenha ocorrido em outro país. O documento, assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, explica que no processo de homologação de sentença estrangeira, o STJ não revisa a culpa, apenas verifica se o procedimento seguiu corretamente, e que não há garantia constitucional de liberdade até que a decisão final seja tomada.

Argumentos da defesa de Robinho

A defesa do ex-jogador busca a análise da decisão em um órgão colegiado, preferencialmente pelo plenário do STF, devido ao caráter inédito e relevante do caso. Eles destacam que a culpabilidade não é discutida no processo de homologação de sentença estrangeira, onde o STJ apenas realiza um juízo de delibação e não reanalisa o mérito da causa, defendendo que a prisão só deve ocorrer após esgotados todos os recursos.

Enquanto a justiça brasileira afirma que os requisitos de julgamento até a última instância já foram cumpridos na Itália, a defesa do ex-jogador alega que o processo deveria ser analisado pela justiça brasileira. Atualmente, Robinho está cumprindo a pena de 9 anos imposta pela justiça italiana na Penitenciária de Tremembé, São Paulo.

Foto destaque: Jogador Robinho do Real Madrid. (Reprodução: Victor Fraile/Corbis via Getty Images)

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