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PF entrega relatório do inquérito do golpe com Bolsonaro entre os indiciados

Inquérito do golpe de Estado é entregue ao STF e consta como articuladores o ex-presidente Bolsonaro, os seus ex-ministros e militares

21 Nov 2024 - 17h59 | Atualizado em 21 Nov 2024 - 17h59
PF entrega relatório do inquérito do golpe com Bolsonaro entre os indiciados Lorena Bueri

O relatório da lista dos indiciados para o inquérito de golpe de Estado chega ao fim. Os delegados da Polícia Federal fecham, hoje (21), a lista de investigados do Inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado. Dentre os indicados, está o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de ministros do seu governo e militares. O inquérito aponta uma articulação entre as partes para realizarem o golpe de Estado e até mesmo assassinar o ministro da suprema corte Alexandre de Moraes.

Queda do antigo Governo

A lista do inquérito é de 37 acusados. Há entre os indicados pela idealização do plano dar um golpe de Estado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os seus ex-ministros, tais como os generais Braga Netto e Augusto Heleno. E o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Ao todo, a lista apresenta o nome de políticos e militares.

Segundo as investigações da PF, Walter Braga Netto, general, ex-ministro da Defesa, vice na chapa de Bolsonaro para a reeleição em 2022, é o principal acusado na suposta tentativa de golpe. O general Braga Netto foi, segundo o relatório, quem articulou a tentativa de golpe de Estado, ao longo do final de 2022. Ele articulava o uso de viaturas oficiais e táticas de espionagem e infiltração.

Meticulosas investigações

As investigações foram obtidas ao longo de dois anos, com a autorização para investigar meticulosamente os membros do antigo governo e militares na articulação do golpe. Como afirma a PF, em nota oficial: "As provas foram obtidas por meio de diversas diligências policiais realizadas ao longo de quase dois anos, com base em quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaboração premiada, buscas e apreensões, entre outras medidas devidamente autorizadas pelo poder Judiciário".


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Viatura da Polícia Federal entrando no condomínio onde mora o ex-presidente Bolsonaro (Foto: reprodução/EVARISTO SA/Getty Images Embed)


Este é o terceiro inquérito em que o nome de Bolsonaro é indicado. Um deles é o inquérito que apura a falsificação de cartões de vacina contra a Covid-19 e outro que investiga a venda ilegal de joias recebidas quando presidente da república.

Entregue ao julgamento

O inquérito tem como uma das bases a delação do tenente-coronel Mauro Cid ao ministro da suprema corte Alexandre de Moraes. Denunciando um plano de assassinar Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) e até mesmo o próprio ministro.

O relatório final indiciará os acusados por crimes como: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. O resultado do inquérito foi enviado para o Supremo Tribunal Federal (STF). Ao todo, o documento final possui meticulosas 800 páginas e será encaminhado para o gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do STF, o relator do inquérito que apura a tentativa de golpe e assassinatos.

Foto destaque: Jair Bolsonaro responde a jornalistas, após sair da sede da PF em 2023 (Reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


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