A Polícia Federal (PF) intimou o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro César Lourena Cid, que era ajudante de ordens e o militar Marcelo Câmara, que era seguraça de Bolsonaro, a depor no inquérito que apura possíveis crimes no caso do recebimento dos presentes das joias de nações árabes por parte do ex-presidente e de sua esposa.
O ex-presidente recebeu três estojos de joias de presente para o Brasil das nações árabes, sendo que dois destes estojos ficaram com Jair Bolsonaro.
O delegado responsável pelas investigações, afirmou que "não serão juntados nos autos os termos (dos depoimentos) até a efetiva realização de todas as oitivas dos envolvidos. Isso possibilitará que as pessoas não sejam procuradas antecipadamente pela mídia ou mesmo outros envolvidos, como também garante a isonomia entre os investigados de não serem ouvidos antes ou depois dos outros e saberem a sua versão dos fatos".
Foto: Jair M. Bolsonaro Reprodução/Instagram
A oitiva de Bolsonaro, Cid e Câmara foi marcado para o dia 5 de abril, quarta-feira, às 14h30. Sendo que o ex-presidente retorna ao país nesta quinta-feira, dia 30, depois de ficar três meses nos Estados Unidos, o voo está previsto para desembarcar no aeroporto de Brasília às 7h10.
Em manifestação, a defesa do ex-presidente Bolsonaro comentou que irá alegar que há restrição ao princípio da ampla defesa e que, na prática, se isso for realizado, denotaria a manutenção de um inquérito de forma paralela. Além disso, a defesa em nota que "será uma oportunidade para ele prestar todas as informações necessárias. É um ato processual corriqueiro, ocasião em que ele esclarecerá que agiu sempre de acordo com a legislação que regula a oferta de presentes de governos estrangeiros"