É esperado que em julho deste ano o começo das operações sem dólar entre Brasil e China. Movimento faz parte da inserção da primeira instituição brasileira – Bank of Communications BBM – com permissão para utilizar a plataforma de pagamento chinesa China Interbank Payment System.
O Bank of Cummunications BBM, conhecido também como Bocom BBM, é o primeiro a conseguir acesso ao sistema de chinês de pagamento na América Latina.
Lula com o representante da China no Brasil, Zhu Qingqiao. Sérgio Lima/AFP
A operação teve o seu pontapé inicial no dia 31 de janeiro deste ano, quando o Banco Central do Brasil e o Banco Central da China assinaram um Memorando de Entendimentos para que as operações entre os países passassem a ser feitas em Renminbi ou Yuan.
Sendo assim, não será mais necessário fazer a parte da operação que consiste em comprar dólares para fazer a transição, que logo em seguido será convertido para a moeda local. É esperado que o custo de operação caia.
O Banco do Brasil afirma:
“Não se trata de um sistema de pagamentos de transações comerciais, mas um instrumento que permite que as transações sejam feitas em RMB – Reinminbi ou Yuan – e convertidas em reais de forma mais rápida e menos custosa”.
Atual o Yuan ou Reinminbi se tornou a segunda moeda mais importante nas reservas internacionais brasileiras. Um marco importante, porque em 2018 a participação da moeda nas reservas brasileiras era inexistente.
A China é o principal atual comprador de diversos produtos brasileiros com a carne, açúcar e soja em grão.
A China possui outras 27 “clearing houses” deste tipo, uma manobra para fazer frente ao dólar, e impedir um possível cenário onde a sua moeda e reservas internacionais sejam afetadas de alguma forma. Como foi o caso das reversas e moedas russas, que sofreram sanções econômicas do Ocidente, principalmente dos Estados Unidos, com a invasão da Ucrânia.
Foto destaque: Brasil e China entram em acordo no comércio. Reprodução/Oliver Stuenkel.