O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez uma denúncia polêmica nesta semana, acusando o aplicativo de mensagens WhatsApp de realizar espionagem contra seu governo. Segundo o líder venezuelano, a plataforma está envolvida em atividades de monitoramento que prejudicam a soberania do país, uma acusação que gerou repercussão internacional.
Denúncia feita em discurso oficial
A denúncia foi feita durante um discurso transmitido pela televisão estatal, no qual Maduro alertou sobre o uso do WhatsApp para "atividades ilegais" de espionagem na Venezuela. Ele afirmou que o aplicativo, de propriedade da Meta, estaria sendo usado para monitorar políticos e cidadãos do país, o que, segundo ele, representa uma clara violação da privacidade e da soberania venezuelana. Maduro não apresentou evidências concretas para sustentar suas alegações, mas pediu vigilância à população.
Acusações foram feitas ao presidente venezuelano a empresa comandada pela Meta (Foto: reprodução/NurPhoto/NurPhoto/Getty Images Embed)
Essa acusação ocorre em um contexto de tensão entre o governo venezuelano e grandes empresas de tecnologia. Nos últimos anos, o governo de Maduro tem restringido o acesso a certas plataformas e denunciado que redes sociais são usadas para desestabilizar o país. A Meta, dona do WhatsApp, ainda não respondeu oficialmente às declarações de Maduro.
Reações internacionais e dentro do país
As acusações de Maduro contra o WhatsApp repercutiram rapidamente. A oposição venezuelana, que frequentemente critica o governo por controlar a informação e reprimir a liberdade de expressão, reagiu às denúncias com ceticismo. Para muitos críticos, a acusação de espionagem é vista como mais uma tentativa de justificar restrições ao uso de redes sociais e outras plataformas de comunicação no país.
Internacionalmente, as alegações de espionagem feitas pelo presidente venezuelano foram recebidas com cautela, mas geraram preocupação sobre a liberdade digital no país. Especialistas em tecnologia afirmam que, embora espionagem cibernética seja uma questão legítima de segurança, acusações desse tipo sem provas concretas podem ser usadas para restringir ainda mais o acesso à informação.
Foto destaque: Nicolas Maduro (reprodução/Getty Images Embed/YURI CORTEZ)
Matéria por Isabela Barros (In Magazine)