Diretora da Unicef afirma que a Faixa de Gaza é o lugar mais perigoso do mundo para crianças, após uma semana de sua visita a região. Catherine Russel, diretora-executivo do Fundo das Nações Unidas para a infância (Unicef), disse que em 46 dias de guerra foram mortas mais de 5 mil crianças. Uma média de 115 mortes por dia ao longo de todo o período.
Crianças como principais vítimas
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, também comentou sobre esse cenário de guerra que já registra milhares de mortes de crianças. “Estamos testemunhando um massacre de crianças que não tem paralelo ou precedente em qualquer conflito desde que sou secretário-geral”.
O número apurado pelo Ministério da Saúde de Gaza é de 14.180 mortos no território palestino. Entre o total, mais nove mil são crianças e mulheres. Os dados não incluem os 6 mil cidadãos que estão desaparecidos e que podem estar nos escombros dos prédios bombardeados.
No início desta semana, O Egito recebeu 28 crianças prematuras palestinas para receber tratamentos nos hospitais do país. De acordo com as informações da entidade, as crianças estavam muito debilitadas, com falta de oxigênio e cuidados médicos. Elas foram levadas por ambulâncias palestinas e atendidas na fronteira.
Crianças palestinas prematuras recebendo tratamento no Egito (Foto: Reprodução/AFP/O Globo)
A solução
Houve concordância entre Israel e palestina, nesta última terça-feira (21), para cessar-fogo e fazer trocas na libertação de pessoas sequestradas que estão presas como reféns.
O acordo liberaria entre 50 e 100 israelenses presos em Gaza, incluindo mulheres e crianças. Já em Israel, 150 palestinos vão ser liberados, a maioria jovem entre 16 e 18 anos. Segundo a ONU, alguns têm 14 anos e, portanto, são vistos como crianças pela organização.
Durante a conferência das Nações Unidas, o secretário-geral da organização disse que não acreditar que o preotetorado da ONU possa ser uma solução para a diminuição das mortes.
Foto destaque: crianças feridas recebendo cuidados das equipes de saúde (Reprodução/Ali Mahmoud/Acessepolítica)