O Ministério da Saúde anunciou a diminuição do tempo mínimo de quarentena para pessoas com sintomas leves e moderados de covid-19 na última segunda-feira (10).
Segundo divulgado pela pasta, caso o paciente não tenha sintomas por, no mínimo, 24 horas, seu período de isolamento é reduzido de 10 para 7 dias, não havendo necessidade de teste.
A duração da quarentena pode cair ainda para 5 dias, caso a pessoa não apresente sintomas respiratórios, nem febre, não esteja usando medicamentos por 24 horas, e tenha resultado do exame RT-PCR ou antígeno negativo. Porém, caso o resultado seja positivo, é preciso seguir o período de isolamento até o 10º dia.
Marcelo Queiroga, atual Ministro da Saúde. (Foto: Reprodução/Jefferson Rudy/Agência Senado)
Caso o paciente continue com sintomas no 7º dia mas teste negativo, a continuação do isolamento não é obrigatória. Porém, se o diagnóstico continuar positivo, é preciso permanecer em casa até completar os 10 dias. A recomendação do uso de máscaras e que evite aglomerações permanece. A nova diretriz do Ministério da Saúde segue a recomendação de outros países, como os Estados Unidos e Reino Unido, que revisaram as normas internas para pacientes positivos.
No entanto, o infectologista e pesquisador da Fiocruz Julio Corda considera que, caso a medida entre em vigor, o risco de transmissão da doença vai aumentar.
“A gente não tem consenso na comunidade científica a respeito desse assunto. É importante observar como vai evoluir a pandemia pra gente entender se é uma medida importante ou não, principalmente no que diz respeito de preservar força de trabalho. Que vai aumentar o risco de transmissão com certeza, mas às vezes esse risco compensa o benefício de preservar a força de trabalho”, disse o médico, em entrevista à CNN.
Foto destaque: Teste rápido de covid-19. Reprodução/Shutterstock