De acordo com Hanna Maliar, vice-ministra da Defesa da Ucrânia, militares ucranianos já avançaram por volta de dois quilômetros ao redor da cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia, nessa semana. A vice-ministra também comentou que os militares que estão fazendo o avanço não desistiram de nenhuma posição até o momento, mas tentou minimizar as sugestões de que a Ucrânia já havia dado início a um contra-ataque e pediu para que suas falas relacionadas a desinformação russa sobre a situação em Bakhmut fossem desconsideradas.
“Como o inimigo cobre as batalhas em Bakhmut? Ele se elogia, fala sobre supostos sucessos e inventa histórias sobre nosso comando militar. Ao mesmo tempo, o inimigo dá informações falsas sobre a falta de armas, o que provavelmente visa justificar a situação real”, disse a vice-ministra no aplicativo de mensagens Telegram.
Hanna Maliar, a vice-ministra da Defesa da Ucrânia (Foto: Sergei Supinsky/Getty Images)
Hanna ainda comentou sobre as perdas da Rússia na guerra, falando mais sobre a “situação real” dita em suas mensagens.
“O inimigo falhou em realizar seus planos, já que sofreu com grandes perdas de efetivos. Nossos defensores avançaram 2 quilômetros no setor de Bakhmut e nós não perdemos uma única posição em Bakhmut esta semana”, disse Hanna, que complementou a mensagem depois dizendo que estavam apenas contra-atacando e se defendendo das investidas dos russos, sugerindo que as movimentações ucranianas não devem ser consideradas parte de uma contraofensiva. Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, revelou em entrevista essa semana que a contraofensiva ucraniana ainda não começou.
Do lado russo, Bakhmut é vista como um impulso para atacar outras regiões da Ucrânia. Em Kiev, já foi dito que conseguir manter a defesa em Bakhmut é essencial para os militares prepararem uma grande contraofensiva. Alguns militares russos postaram na quinta-feira (11) que tropas russas já haviam conseguido fazer avanços, mas os militares em Moscou negaram os relatos.
Foto Destaque: Militares ucranianos em um prédio destruído, localizado em Bakhmut. Mykola Synelnykov/Reuters