A marca varejista Marisa, anunciou na última terça-feira (16), que passa por um plano de recuperação de rentabilidade e geração de caixa, que inclui a redução de despesas. Entre os meses de março e abril, 25 lojas consideradas “deficitárias” foram fechadas. Outras 26 lojas terão suas atividades encerradas ao longo do mês de maio.
O plano de reestruturação prevê um o total estimado de R$52 milhões, sendo R$32 milhões de uma revisão interna, R$ 10,5 milhões de revisão de atividades e R$ 9 milhões de cargos e gestão.
Entre os fatores citados pela empresa para as medidas de reestruturação estão o cenário macroeconômico, e as importações ilegais sem a devida tributação e a alta na taxa de juros.
"Estamos acompanhando de perto a evolução das iniciativas do governo federal para o setor de varejo no Brasil, que objetivam coibir a concorrência desleal e reestabelecer a isonomia tributária", disse em comunicado, o CEO da rede de lojas Marisa, João Pinheiro Nogueira Batista.
Loja Marisa na Av. Paulista, em São Paulo (Reprodução/Rodrigo Capote/Folhapress)
Alguns fornecedores pediram a falência da empresa, após meses sem receberem. A Marisa afirma que renegociou suas dívidas com 90% dos fornecedores e 65% dos proprietários de imóveis locados ou comprados pela empresa. Segundo o balanço do 1° trimestre, a marca de varejo tem dívida líquida próxima de R$ 461 milhões.
A marca afirmou que, mesmo com fechamento de 14 lojas entre dezembro de 2022 e março de 2023, teve melhor desempenho nas vendas em lojas físicas, com crescimento de 5% do faturamento.
Em contra partida, a empresa teve queda de 32,5% no faturamento das vendas no digital, e teve receita bruta de R$43,1 milhões nos primeiros 3 meses do ano, o faturamento foi baixo em comparação ao mesmo período do ano passado, que foi de R$ 63,8 milhões.
Foto destaque: fachada loja Marisa. Reprodução/ Shutterstock.