Na última sexta-feira (13), a Marinha do Brasil emitiu um alerta para uma possível formação de ciclone subtropical que poderá atingir o Rio Grande do Sul e o Paraguai. É provável que o ciclone seja formado na região sul do Oceano Atlântico Sul até a próxima terça-feira (17).
O alerta se baseou em um modelo de simulação atmosférica usado nos Estados Unidos e na região europeia, que consiste em medir a pressão atmosférica abaixo de 1000 hPa, responsáveis pelos ventos fortes e tempo instável.
Ressacas no Brasil
Ainda que o ciclone não tenha sido confirmado, a queda de pressão atmosférica deixa um alerta para possíveis chuvas fortes e um mar mais agitado na costa sul do país. O Climatempo alertou para ressaca marítima que pode formar ondas de até 2,5 metros de altura entre as cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, até este domingo (15) à noite.
Ciclone Subtropical
O ciclone subtropical é um fenômeno formado pela baixa de pressão atmosférica de forma isolada, que não precisa de conexão com frentes frias, quando o ar circula em sentido horário ao redor de uma região central que se encontra com baixa pressão. Nesse caso, a região central encontra-se mais quente que o ar em sua volta, e isso causa uma instabilidade atmosférica que aumenta as chances de tempestade.
Ciclone Subtropical Biguá (Video:reprodução/Youtube/@puchalskimeteorologia)
Nomeação dos ciclones
Sempre que ocorre um ciclone subtropical no país, a Marinha o nomeia. O primeiro ciclone atípico formado no Brasil foi no dia 15 de fevereiro de 2024, quando houve uma baixa pressão atmosférica na costa do Brasil, em um sistema frontal que avançou em direção ao Rio de Janeiro, mas que perdeu forças e foi rebaixado para a categoria de depressão. A Marinha o nomeou como “Akará”, em homenagem a uma espécie antiga de peixe Tupi. Se formado, esse ciclone que está previsto para os próximos dias será nomeado “Biguá”, que significa (Ave Marinha) em Tupi.
Foto destaque: coqueiro soprados com vento (reprodução/Olho digital/Elizaveta Galitckaia)