Após o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) anunciar a vitória de Nicolás Maduro como o vencedor das eleições à presidência da Venezuela, que aconteceram neste domingo (28), a oposição declarou que não reconhece a decisão tomada pelo conselho.
Edmundo Gonzalez, que concorria contra o presidente eleito, declarou que não descansará até que a vontade do povo seja respeitada. Maria Corina Machado, líder oposicionista impedida de concorrer no pleito, é contra a declaração feita pelo CNE, que apresentou grande liderança de Maduro na votação e mostrou seu apoio a Gonzalez.
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Edmundo Gonzalez em sua campanha presidencial (Reprodução/Getty Images)
Apuração dos resultados
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) anunciou o resultado apenas na segunda-feira (29). Em 2018, o resultado foi divulgado no mesmo dia. Dr. Elvis Amoroso, presidente do CNE, afirmou que o sistema eleitoral sofreu “agressões”, resultando em um atraso no envio dos resultados eleitorais.
De acordo com Machado, a oposição ganhou em todos os estados. Gonzalez teve 70% dos votos contra 30% de Maduro. Já o resultado liberado pelo CNE afirmou que Maduro venceu com 51,2% dos votos, com 80% das urnas apuradas. O presidente não se manifestou antes dos resultados. Porém, segundo Machado, havia três pesquisas de boca de urna monitoradas pela campanha que já mostrariam a vitória da oposição.
ONGs e membros da oposição afirmaram sofrer ameaças nos locais de votação. Segundo a ONG Provea, as testemunhas venezuelanas que podiam participar observando a apuração foram impedidas de entrar nas salas onde aconteciam as votações, sendo assim impedidas de acompanhar a contagem dos votos.
Votação
As votações na Venezuela iniciaram às 7h e se estenderam até as 19h. Houve longas filas durante o dia, mas nenhum episódio de violência foi registrado. O atual presidente votou logo cedo e disse aos repórteres que reconheceria o árbitro eleitoral.
Após a sua votação às 14h, Maria Corina Machado afirmou que acredita que as Forças Armadas respeitarão o resultado da votação. O presidente reeleito tomará posse em janeiro de 2025.
Foto Destaque: Maduro é reeleito mas oposição não reconhece decisão (Reprodução/Site/G1 Globo)