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Maduro acusa o aplicativo TikTok de promover o fascismo no mundo

Em meio aos protestos e mobilizações contra a sua reeleição, o atual presidente da Venezuela também criticou o Whatsapp e o X

13 Ago 2024 - 15h34 | Atualizado em 13 Ago 2024 - 15h34
Maduro acusa o aplicativo TikTok de promover o fascismo no mundo Lorena Bueri

Após ter sua conta no TikTok suspensa até o dia 19 de agosto, Nicolás Maduro acusou os donos da rede social de "quererem uma guerra civil na Venezuela e apoiarem o fascismo na América Latina e no mundo" durante uma transmissão na TV estatal da Venezuela nesta segunda-feira (12).

Além disso, o WhatsApp e o X, antigo Twitter, também foram alvo dos ataques do ditador, que se irritou com as mobilizações contra sua reeleição e a favor da vitória de Edmundo González, da oposição. Na semana passada, ele teria pedido aos venezuelanos que migrassem para aplicativos de mensagem da Rússia e da China, e bloqueou temporariamente a rede social de Elon Musk no país.


Vídeo das acusações de Maduro contra o TikTok (Vídeo: reprodução/Youtube/InfoMoney)


Oposição aumenta pressão em meio ao impasse eleitoral

Desde o término das eleições do dia 28 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ainda não divulgou as atas que teriam dado a vitória a Maduro, com 52% dos votos, sob a justificativa de um ataque hacker no sistema. Por causa disso, vários países declararam que não reconhecem a reeleição do chavista na Venezuela. Para contestar o resultado, a oposição criou um site com 80% das atas para mostrar que o verdadeiro futuro presidente do país seria Edmundo González, com 67% dos votos.

Também nesta segunda-feira (12), a líder da oposição, María Corina Machado, disse que González assumirá como presidente após o fim do mandato de Maduro, no dia 10 de janeiro do ano que vem caso a pressão contra o chavista continue. "Depende que essa força, organização convicção e compromisso que empregamos nos últimos meses e que teve vitória contundente se mantenha forte e crescendo", disse ela. Em seguida, Machado pediu que o atual presidente pare com as repressões aos protestos, que já deixaram 2,4 mil pessoas detidas, 192 feridas e 25 mortas.

Possível negociação por anistia

Foi publicado pelo "The Wall Street Journal", neste domingo (13), que os Estados Unidos teriam feito negociações com Nicolás Maduro, prometendo uma anistia caso o venezuelano aceitasse a derrota nas eleições. Entretanto, a porta-voz da Casa Branca disse que essa oferta nunca foi feita. Porém, o jornal norte-americano afirma que essas negociações teriam ocorrido em segredo no ano passado, no Catar, devido à acusação feita pelos Estados Unidos de que Maduro teria levado drogas ao país.

Foto destaque: Nicolás Maduro (Reprodução/Federico Parra/Getty Images Embed)

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