Nesta última noite de segunda-feira (7), foi proposto pelo MEC (Ministério da Educação), novas mudanças no novo Ensino Médio: a volta da carga horaria de 2.400 horas das disciplinas básicas, já que na reforma anterior havia sido reduzida para 1.800. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seguirá sem alterações até 2024. As mudanças serão analisadas ao congresso.
O proposito da mudança é de que 80% da carga curricular dos alunos seja de disciplinas comuns, ou seja, 20% de acréscimo diante dos 60% utilizadas nesta categoria atualmente. Camilo Santana, o ministro da Educação, espera enviar até setembro deste ano a proposta concretizada do plano de ensino.
As propostas apresentadas foram analisadas desde março via consultas públicas, quando o governo retornou a avaliar o novo Ensino Médio. Vale ressaltar que em abril o MEC suspendeu o calendário que vinha sendo implementado desde 2022.
Desde o começo da proposta que visa melhorar o futuro da educação dos jovens que estão perto de ingressarem no mercado de trabalho e em universidades, o novo Ensino Médio defende a capacitação e preparação desses alunos, com intuito prepará-los através das mudanças acadêmicas. “Queremos uma escola criativa, acolhedora e que dê oportunidade ao jovem”, frisou Camilo.
Pensando nos estudantes de 2024, a meta do ministro é resolver tudo em 2023, evitando assim a descontinuidade e prejuízo acadêmico: “Com a consolidação da proposta em agosto, queremos, a partir do início de setembro, fazer uma sensibilização no Congresso para que possa avaliar a proposta em regime de colaboração”, disse o ministro.
Camilo Santana apresentando a mudança do novo Ensino Médio. (Reprodução/Agência Brasil/Wilson Dias).
Áreas do conhecimento comum
Todos os alunos devem estudar as áreas de conhecimento comum e, segundo o ministro, será deles a opção de escolher entre inglês ou espanhol, e as sem alternativas: arte, educação física, literatura, história, sociologia, filosofia, geografia, química, física, biologia e educação digital.
Em contrapartida, as obrigatórias ficam a cargo de matemática, português, educação física, artes e filosofia. O ministro destacou que todas essas disciplinas básicas não poderão ser realizadas de maneira remota, ou seja, apenas presencial.
Aperfeiçoamento
De acordo com Camilo Santana, o projeto manterá o formato referente à formação geral básica. Porémm, nos próximos anos, mudanças serão realizadas em debate com a sociedade e serãoanalisadas se são cabíveis ao Plano Nacional de Educação (PNE).
Segundo a consulta pública exposta pelo ministro, o resultado demonstrou a insatisfação diante da redução da carga horário da formação comum para 1,8 mil, assim justificando a ampliação de 2,4 mil horas defendida pelo representante do ministério da Educação.
Proposta segue para avaliação
O MEC irá realizar uma proposta definitiva até o dia 21, a ser entregue ao Presidente da República, Lula Inácio Lula da Silva. O político definirá o melhor formato das mudanças.
Foto destaque: Ministro Camilo Santana apresentando a proposta do novo Ensino Médio. (Foto: reprodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil)