Durante a última quinta-feira (25), Peter Navarro, o ex-assessor comercial do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teve por sentença, a condenação a quatro meses de prisão, motivada por desacato ao Congresso.
Navarro teria se recusado a colaborar com as investigações a respeito do ataque contra o prédio do Congresso dos Estados Unidos, ocorrido no dia 6 de janeiro de 2021, indicativos que apontam para o apoio a tentativas de reversão à derrota eleitoral de Trump em 2020, segundo as investigações do comitê.
A sentença
A pedidos dos promotores federais, o juiz federal Amit Mehta estabeleceu a sentença de seis meses ao ex-assessor de Trump, com registros de que Navarro tenha priorizado lealdade ao ex-presidente, em razão ao Estado de direito.
A defensoria do então condenado, pede por liberdade condicional, argumentando que Navarro vinha acreditando na ausência de necessidade de uma cooperação com as investigações, acreditando ainda, que o ex-presidente assessorado teria invocado a doutrina legal do privilégio executivo, na proteção de alguns dados e comunicados presidenciais da divulgação.
A condenação foi aplicada no mês de setembro, sendo duas acusações de desacato ao Congresso, inclusive por ter desafiado a uma intimação, na qual precisava entregar documentos e depôr à Câmara, sob liderança dos democratas, oposição ao ex-assessorado.
Segundo Navarro, eles o levaram a acreditar que o privilégio teria sido invocado, e que foi aceito. A afirmação foi dada nesta quinta-feira, para o comitê da Casa, que esteve investigando o ataque de 6 de janeiro, realizado pelos apoiadores do ex-presidente, adepto ao conservadorismo.
Lembrando o 6 de janeiro
No dia 6 de janeiro de 2021, ocorria a invasão do Capitólio dos Estados Unidos, o principal símbolo que representa o poder político no país, localizado em Washington, quando confirmada a vitória de Joe Biden, nas eleições presidenciais do ano de 2020.
Centenas de apoiadores do ex-presidente, Donald Trump, oposição a Biden, seguiram em marcha até o prédio após meses, argumentando fraude durante as votações, o que não foi comprovado, e sim, desmentido por importantes autoridades estadunidenses.
Invasão em 6 de janeiro de 2021 (Foto: reprodução/CNN)
Diversos objetos de grande significado histórico foram destruídos, e membros do congresso foram ameaçados de morte. Filmagens de câmeras de segurança provam que os apoiadores de Trump faziam o uso de sprays químicos e barras de ferros, atacando policiais, e aúdios também revelam o sufoco passado pelos agentes de segurança, devido ao avanço dos agressores que tomavam conta do local.
Foto destaque: Peter Navarro (reprodução/Causa Operária)