O ministério da defesa do Japão anunciou que assinou um contrato milionário de 2.600 milhões de euros com a principal empreiteira de defesa do país, a Mitsubishi Heavy Industries. A proposta é desenvolver e produzir em massa mísseis de longo alcance para a implementação já em 2026, fato este que ocorre em meio a tensão entre as maiores potências do leste asiático.
O contrato inclui versões aprimoradas dos mísseis Tipo 12 para lançamentos de superfície, mar e ar, e um míssil balístico hipersônico. O contrato é também para o desenvolvimento de mísseis guiados antinavio de longo alcance lançados por submarinos. A postura pacifista do Japão em relação a política externa, é reflexo do artigo 9 de sua constituição, que é a proibição de manter forças militares.
Bandeira do Japão( Foto: Reprodução Coisas do Japão)
No entanto, os vizinhos dos japoneses não mantiveram uma postura de paz, o que foi primordial para o Japão já em 2018 anunciar um plano para adquirir mísseis de cruzeiro de longo alcance que teriam a capacidade de atingir alvos em terra e navios inimigos.
Esse foi o primeiro passo de fortalecimento do poder militar do Japão. Que em dezembro ganha um novo capítulo, uma nova Estratégia de Segurança Nacional para deter possíveis ameaças da China, Coréia do Norte e Rússia.
O primeiro – ministro Fumio Kishida afirma que o Japão também está comprando 400 mísseis de cruzeiro Tomahawk de longo alcance, capazes de atingir alvos de até 1.600 quilômetros. O Japão que tem um espaço terrestre limitado conta com o apoio dos EUA, pois planeja realizar os testes com mísseis em bases militares norte americanas. O planejamento japonês é dobrar os gastos militares nos próximos anos para 43 trilhões de ienes. Tensões recentes com a China podem explicar a grande preocupação e o investimento preventivo do governo japonês.
Foto destaque: Foguetes americanos Himars: lançamento durante exercício militar em Marrocos. Reprodução/Paul HANDLEY/AFP