Em discurso desta segunda-feira (30), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Estado Judeu irá se opor a um cessar-fogo no conflito iniciado em 7 de outubro pelo Hamas.
“Os Estados Unidos não concordaram com um cessar-fogo após o Pearl Harbor ou o 11 de setembro, e nós não estamos dispostos a aceitar após o 7 de outubro”, informou Netanyahu.
Outras declarações do primeiro-ministro
Discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta segunda-feira (30). (Vídeo: Reprodução/Youtube/CNN Brasil).
De acordo com Benjamin Netanyahu, o Hamas está fazendo os reféns de escudos e irá atribuir a culpa da morte destes a Israel. O primeiro-ministro também afirmou que o grupo terrorista tem feito de tudo para colocar os civis em perigo.
"Eles queimaram pessoas vivas, estupraram mulheres, decapitaram homens, torturaram sobreviventes do Holocausto, cometeram os crimes mais horríveis que poderíamos imaginar", diz Netanyahu.
Em seu discurso, Netanyahu declarou que o Hamas detém mais 200 reféns e que os países deveriam se posicionar a favor de Israel para ordenar que estes sejam libertados.
Países pró-Israel
Após o ataque do Hamas contra Israel em 07 de outubro, países como Estados Unidos, França, Alemanha, Itália e Reino Unido se pronunciaram a favor do Estado Judeu.
Em comunicado de 9 de outubro, as nações afirmaram que apoiariam as ações israelenses para defender seu povo contra as “atrocidades” cometidas pelo Hamas. No entanto, o chefe da Política Externa da União Europeia, Josep Borrell, informou “a punição coletiva contra todos os palestinos será injusta e improdutiva”.
Os países ainda declararam que o grupo extremista “não representa as aspirações do povo palestino e não oferecem nada além de ‘terror e sangue’”.
Enquanto estas nações se mostraram pró-Israel, países como o Catar apresentaram uma posição mais mediadora. O território árabe, juntamente com o Egito, foi responsável pelas negociações que resultaram na liberação de quatro reféns sequestradas pelo Hamas.
Foto destaque: primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. (Reprodução/AFP).