Catar e Egito, mediadores das negociações entre Israel e o grupo terrorista Hamas, sugeriram estender a trégua humanitária em mais dois dias, totalizando seis, desde a última sexta-feira (25). Hamas anunciou ontem, segunda-feira (27), que concorda com mais dois dias de cessar-fogo, agora resta aguardar a resposta de Israel, que ainda não se pronunciou.
Trégua
Segundo o Catar e o Estados Unidos, que também está envolvido nas negociações, a trégua está oficialmente prolongada até quarta-feira (29). Isso para dar mais tempo aos envolvidos no conflito para negociar a libertação de mais reféns e prisioneiros, desejo manifestado por ambas as partes.
A confirmação da possibilidade de prolongamento da trégua veio a público no último domingo (26), quando uma autoridade Palestina revelou a BBC que o grupo terrorista se preparava para a libertação de mais 40 reféns, o que demandaria mais tempo de cessar-fogo do que o já acordado. Israel também já parecia inclinado a tal ação, porém, deixando claro que assim que a trégua se encerre, voltará a abrir fogo em Gaza.
Alguns do governo israelense, porém, estão receosos que o prolongamento da trégua conceda tempo para o Hamas se reorganizar para dar continuidade à guerra, ou seja, que favoreça o inimigo.
Reféns libertos com a trégua entre Israel e Hamas (Foto: reprodução/AFP)
Libertação
Nesta terça-feira (28), o Hamas já libertou 30 crianças e três mulheres, não havendo dados do outro lado ainda, que se aguarda que libertem pelo menos 11 prisioneiros.
O cessar-fogo destes 4 dias já permitiu que Gaza recebesse a ajuda humanitária tão esperada: combustível, mantimentos e suprimentos médicos. Além de inúmeros reencontros de famílias afastadas pelo conflito que se iniciou em 7 de outubro passado, e que já teve mais de 14.800 mortes de palestinos com os diversos bombardeios do exército de Israel, e cerca de 1.200 israelenses. Também 240 reféns em Gaza e a prisão de 150 palestinos por Israel.
Foto Destaque: tanques militares de Israel deixando Gaza após o início da trégua (Reprodução/Reuters/Amir Cohen)