O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, formalizou acusações contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto no contexto da investigação da invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Zambelli é apontada como mandante do crime, acusada de orquestrar o ataque com o intuito de desacreditar o sistema judicial brasileiro.
Detalhes da denúncia e supostos objetivos
Segundo a denúncia, Zambelli teria liderado a invasão aos sistemas do Poder Judiciário, coordenando esforços com Delgatti para adulterar informações sem autorização legal. A acusação inclui sete crimes de invasão de dispositivo informático e três de falsidade ideológica, relacionados à inserção de documentos falsos no sistema do CNJ. O procurador argumenta que os dois buscavam obter vantagens midiáticas e políticas ao desmoralizar o sistema de Justiça
Zambelli (Foto: reprodução/Getty Images embed)
Reações dos envolvidos e desdobramentos da investigação
A defesa de Delgatti não se surpreendeu com as acusações, considerando sua confissão anterior. No entanto, Zambelli expressou surpresa diante da denúncia, negando qualquer participação e alegando falta de provas concretas. As investigações, conduzidas pela Polícia Federal, descobriram documentos falsificados nos dispositivos pessoais da deputada, contribuindo para o indiciamento de ambos. A divulgação de uma falsa ordem de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes pelo sistema do CNJ levantou suspeitas e acelerou as investigações, resultando na prisão de Delgatti.
Este caso ressalta as fragilidades do sistema judiciário e destaca a importância de proteger suas estruturas contra manipulações políticas. As implicações desse ataque não se limitam apenas à integridade do sistema, mas também afetam a confiança pública nas instituições democráticas.
Foto destaque: Carla Zambelli e Walter Delgatti (reprodução/Instagram/@carla.zambelli)