Segundo a agência de migração da ONU, desde o início do ano de 2024, quase 100 imigrantes desapareceram ou morreram no Mediterrâneo. A pauta foi colocada em questão durante uma conferência entre Itália e África, em Roma, que discutia laços econômicos e maneiras de conter a imigração ilegal na Europa.
Aumento de migrações
Comparado ao mesmo período do ano passado, o número de desaparecidos ou mortos é mais que o dobro registrado. De acordo com o Projeto Migrantes Desaparecidos da OIM, no ano passado mais de 3.000 migrantes morreram ou desapareceram no Mar Mediterrâneo, um aumento grande comparado ao ano de 2022, que registrou 2.411. No início do mês de janeiro, 40 migrantes tunisianos desapareceram quando estavam em direção à costa italiana.
Imigrantes tentando chegar na Europa (Foto: reprodução/RFI)
O aumento de migrações pós guerra
O Mediterrâneo é palco de umas das maiores crises migratórias já vistas. Migrantes do Norte da África e do Oriente vão em busca de uma vida mais digna, trabalho e tentam chegar a Europa por meio de barcos lotados que acabam afundando no mar e causando a morte de milhares de pessoas por ano.
A Europa por ser extensa e estar próxima de outros países é uma região que sempre se deparou com imigrantes que saíam do Oriente ou da África para chegar até lá. A situação passou a piorar quando começou uma guerra civil na Síria em 2011, onde milhões de imigrantes resolveram deixar o país em busca de uma vida melhor e mais segura.
O MMP afirma que desde 2014, mais de 50 mil pessoas perderam a vida imigrando de um país para o outro no mundo todo. Desta quantidade, 27 mil foram vítimas no Mediterrâneo.
Um grande problema dessas migrações é o tráfico de pessoas, países como a Líbia que faz parte da rota de acesso para chegar até a Europa, muitas vezes pegam os migrantes e os vendem como escravos para trabalhar no país.
Foto destaque: imigrantes no Mediterrâneo (Reprodução/Revista Pesquisa Fapesp)