Com o aumento dos preços dos combustíveis a inflação nos Estados Unidos chegou a 8,6%, no acumulado dos 12 meses encerrados em maio, os dados são do Índice de Preços ao Consumidor (CPI), medida de inflação do governo americano.
A leitura do núcleo do CPI, (sigla em inglês) que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, registrou um aumento de 6% no mesmo período, nível superior ao mês passado. As duas leituras estão entre os maiores saltos de preços já vistos pelos consumidores desde 1981.
Segundo a nota emitida pelo Departamento do Trabalho, o índice de preços ao consumidor subiu 1% em maio, após avanço de 0,3% em abril.
De acordo a Agência Reuters os economistas projetavam um aumento mensal de 0,7%. O valor acima do projetado sugere que o Federal Reserve pode continuar com altas de 0,50 ponto percentual nos juros até setembro para combater a inflação.
O banco central dos Estados Unidos deve elevar sua taxa de juros em mais 0,5 ponto percentual em junho e julho. Desde março, o Fed já elevou a taxa básica em 0,75 p.p.
Os preços da energia em geral subiram 34,6% em relação a 2021, impulsionados por um salto de quase 50% nos preços da gasolina, com um aumento de 4,5% apenas em maio. Mas outras formas de energia também ficaram muito mais caras. O custo da energia elétrica subiu 12%.
Nesta sexta-feira (10), o preço do barril oscilava em US$ 5, indicando que a inflação mensal permanecerá elevada em junho.
A inflação nos Estados Unidos. (Foto Reprodução: site Dom total).
Os preços dos alimentos também subiram e ultrapassaram os dois dígitos, 10,1%, o primeiro aumento de dois dígitos desde 1981. O índice de moradias, que mede o preço dos aluguéis e outros custos de moradia, registrou um aumento de 5,5%, a maior elevação em 12 meses desde 1991.
Havia esperança de que a mudança dos gastos de bens para serviços ajudaria a esfriar a inflação, mas um mercado de trabalho apertado está elevando os salários, o que contribui para o aumento dos preços dos serviços.
Foto Destaque: A leitura do núcleo do CPI, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, registrou um aumento de 6% em maio. Reprodução/ Agência Reuters