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Índia lança satélite em direção ao Sol para estudar os impactos da radiação solar

Os cientistas iniciaram a missão Aditya-L1 neste sábado (2). A primeira sonda solar indiana busca estudar os efeitos solares nos satélites em órbita na Terra

02 Set 2023 - 10h04 | Atualizado em 02 Set 2023 - 10h04
Índia lança satélite em direção ao Sol para estudar os impactos da radiação solar Lorena Bueri

A Índia iniciou mais uma missão espacial neste sábado (2). Após o feito histórico do pouso no polo sul da Lua, os indianos pretendem usar a nova sonda para estudar sobre os efeitos do Sol nos satélites e no clima da Terra.

Missão Aditya-L1

Os cientistas indianos lançaram um foguete com um satélite em uma missão chamada Aditya-L1, que se refere à palavra Sol em Híndi. Esta é a primeira sonda solar da Índia que busca aprender sobre os ventos solares e entender como a radiação solar atinge os milhares de satélites em órbita na Terra. Ao longo prazo, os cientistas também irão investigar os impactos do Sol nos modelos climáticos do globo.

O astrofísico indiano, Somak Raychaudhury, explicou os motivos para a criação desta missão: “Houve episódios em que as principais comunicações caíram porque um satélite foi atingido por uma grande emissão", disse Somak.

O satélite está programado para percorrer cerca de 1,5 milhão de quilômetros e a viagem pode durar 4 meses. Cientistas entendem que chegará um momento em que a sonda estará num estado de “estacionamento do espaço”, se mantendo estática por conta do equilíbrio das forças gravitacionais. 


O astrofísico indiano Somak Raychaudhury (Foto: reprodução/Ashoka University)


Sucesso na Lua

A Índia conquistou um feito histórico no dia 23 de agosto, após o sucesso do pouso no polo sul da Lua com um robô. A região até então nunca foi explorada, mas já houveram algumas tentativas que fracassaram, como países da Rússia e Japão.

O objetivo dos cientistas indianos é continuar os estudos sobre a presença de água na superfície lunar após o descobrimento deste fato em uma viagem de 2008. 

Até agora, foi identificado a presença de presença dos gases de oxigênio e enxofre. Além disso, compostos como alumínio, cálcio, ferro, cromo, manganês e titânio também foram encontrados. 

Porém, o terreno de exploração é de difícil acesso, com grandes crateras e encostas íngremes. Esta região não chega a receber a luz solar e as temperaturas do polo sul podem chegar a  -203°C. A partir de estudos sobre a superfície polar da Lua, composta de rochas e solo, cientistas esperam que seja possível entender melhor a formação do Sistema Solar. 

Foto destaque: lançamento do foguete com satélite da missão Aditya-L1, na Índia no sábado (2). Reprodução/ISRO.

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