Nesta quinta-feira (1) um incêndio começou a se espalhar na área florestal, Parque Nacional Peñuelas, e o número de mortos aumentou para 130 pessoas e mais de 300 pessoas estão desaparecidas. De acordo com o Serviço Legal Médico do país, no dia 4 de fevereiro já haviam sido identificados 32 mortos nas áreas de incêndio.
Há 15 anos o Chile vem sofrendo com mudanças climáticas. O tempo seco, chegando a 40ºC, e fortes ventos vem contribuindo com o fogo nas áreas de matas, fazendo com que famílias sofram com perdas de parentes em cada epsódio de incêndio.
Depoimentos
Algumas pessoas se pronunciaram, como a Michelle Chavez, que perdeu os avós, mas salvou seus dois filhos, um bebê de 5 meses e outro de 10 anos. Foi descrito por Álvaro, um morador, o momento que marcou a vida de muitos: "As bolas de fogo, a fumaça, o céu vermelho. Uma experiência atroz que eu não desejo para ninguém".
Um construtor local em Valparaíso chamado Pedro Quezada também se pronunciou sobre o caso, dizendo: “O vento estava terrível, o calor escaldante. Não houve trégua. As pessoas se dispersaram por toda parte”.
Local de mata, no Chile, é afetada por incêndio (Foto: reprodução/CNNBrasil)
Segundo o presidente, Gabriel Boric, essa tragédia enfrentada pelo país é a maior em 15 anos. Ele a caracteriza como "tragédia de grande magnetude", em um discurso para a TV, e acrescenta: “É o Chile como um todo que sofre e lamenta os nossos mortos”.
Além do depoimento dado, o presidente corre atrás de canalizar fundos para as áreas de turismo mais afetadas.
Lugares afetados
O incêndio teve início na entrada da Reserva Nacional Lago de Peñuelas e o fogo se espalhou até a parte mais alta de Viña del Mar, uma cidade turística costeira.
Manuel Monsalve, vice-ministro do interior calculou que, aproximadamente, 14 mil casas foram danificadas nas áreas de Vina del Mar e Quilpué.
Foto Destaque: registro da fumaça na noite em que o fogo ganhou força (Reprodução/CNNBrasil)