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Harvard resiste à imposição de Trump após suspensão dos recursos educacionais

A imposição do governo Trump causou revolta e protesto de alunos e moradores de Cambridge que exigiram que Harvard se recusasse à opressão

15 Abr 2025 - 09h10 | Atualizado em 15 Abr 2025 - 09h10
Harvard resiste à imposição de Trump após suspensão dos recursos educacionais  Lorena Bueri

O governo de Donald Trump seguiu com as ameaças de suspensão dos recursos educacionais feitas no início do mês contra as universidades dos Estados Unidos e, nesta segunda-feira (14), anunciou o congelamento de cerca de US$ 2,3 bilhões (R$ 13,1 bilhões) da Universidade de Harvard. Em pronunciamento oficial, a universidade afirmou que não vai ceder aos critérios estabelecidos por Trump, como o fim dos programas de inclusão e equidade.

A regulamentação imposta pelo governo de Trump também inclui a proibição do uso de qualquer tipo de máscaras, que é uma medida adotada para inibir manifestantes pró-Palestina, que segundo o governo, nas manifestações contra a guerra na Faixa de Gaza em 2024 foram usadas pelo movimento antissemitista.


Alunos andando pelo campus de Harvard (Foto: reprodução/Instagram/@havard)


Exigências de Trump

Foi através de uma carta enviada que o governo pediu reformas amplas na administração de Harvard na última sexta-feira (11), cobrando a adoção de políticas de admissão e contratação “baseadas em mérito”, além da realização de uma auditoria com todos os estudantes, professores e dirigentes responsáveis pela instituição. A carta é semelhante à enviada para a Universidade Columbia com ameaças de cortes bilionários.

O governo de Trump quer exigir que as universidades estejam alinhadas com as ideias defendidas pelo presidente e utiliza uma forma de controle político utilizando os recursos da educação dessas universidades, como Harvard, caso se neguem a cooperar. A universidade não é a única a passar pela opressão de Trump, universidades como a Pensilvânia, Brown e Princeton também seguem na pressão da agenda do governo. 

Pronunciamento de Harvard

Alan Garber, presidente da universidade, afirmou que os critérios violam os direitos garantidos pela Primeira Emenda da Constituição dos EUA e "excedem os limites legais da autoridade do governo sob o Título VI", fato este que proíbe a discriminação contra qualquer estudante com base em sua raça, cor ou origem nacional. Segundo ele, nenhum governo é capaz de ditar o que as universidades privadas podem ensinar ou quem podem contratar com nenhum tipo de imposição, ou poder.

Após o pronunciamento da universidade, o Departamento de Educação dos Estados Unidos congelou os recursos, afirmando que a declaração de Harvard desrespeita as leis de direitos civis do governo: "A tarefa de enfrentar nossas falhas, cumprir nossos compromissos e incorporar nossos valores cabe a nós, enquanto comunidade.” completou Garber, seguido de Anurima Bhargava, uma das ex-alunas, que disse que a universidade defendeu a integridade, os valores e as liberdades que sustentam o ensino superior.

A imposição do governo gerou revoltas e protestos no fim de semana, contando com a participação de membros da comunidade de Harvard e de moradores de Cambridge, além de um processo judicial, movido na sexta-feira, pela Associação Americana de Professores Universitários solicitando esclarecimento sobre o corte financeiro e contestam que a administração Trump não aprimorou os procedimentos exigidos na lei antes de iniciar os cortes, incluindo o envio de notificações formais tanto à universidade quanto ao Congresso.


Foto destaque: manifestantes em protesto no dia 12 de abril exigindo mais ações de Harvard (Reprodução/Instagram/@npfosi)

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