O conflito entre Rússia e Ucrânia completa dois anos neste neste sábado (24). Hoje, com pouca munição, as forças ucranianas foram obrigadas a recuar em algumas regiões do país. Para expulsar invasores, o governo ucraniano depende de ajuda militar, financeira e política de países do Ocidente. O futuro do conflito depende não somente de batalhas, como também das capitais dos países do Ocidente, distante das linhas inimigas.
Não há estatística fiel desde que o conflito começou, pela quantidade excessiva de mortes a todo momento. Há uma estimativa, de que pelo menos 500 mil pessoas morreram nos dois países. Aproximadamente14 milhões de pessoas foram expulsas de suas casas, o que equivale a um terço da população civil ucraniana — e mandou 6,5 milhões de refugiados para países vizinhos, são dados divulgados pela Organização Internacional para as Migrações.
O professor de Relações Internacionais da ESPM, Leonardo Trevisan, e o oficial da reserva da Marinha, Robinson Farinazzo, debatem o que está em jogo no conflito que atinge a Europa (Vídeo:reprodução/YouTube/Estadão)
Nos últimos meses, a guerra virou um conflito de artilharia, com os dois lados trocando tiros todos os dias. No ano passado, a Ucrânia tinha mais munição do que a Rússia, e agora o jogo virou, com os russos aumentando a produção e importando Coreia do Norte e do Irã.
Ajuda dos EUA e problemas na Câmara
Um projeto de lei no Congresso dos EUA, aprovado por Joe Biden, prevê uma ajuda de cerca de US$ 60 bilhões para a Ucrânia. O grosso desse dinheiro vai para apoio militar. Embora o texto tenha sido aprovado no Senado, teve problemas na Câmara dos Deputados. Os membros do Partido Republicano, de Donald Trump, são contra a medida. Trump e Biden são os principais candidatos das eleições americanas de novembro.
O início do conflito
Uma escalada de estresses, precedeu durante meses, o ataque russo à Ucrania no dia 24 de fevereiro de 2022. As maiores tensões cresceram no final de 2021, com a exposição da Ucrânia com organizações como a Otan e a União Europeia. Assim, esse cenário se relacionou à incorporação da Ucrânia à União Soviética, como na Guerra Fria em 1947.
O ingresso da Ucrânia na Otan, aumenta a exposição e força do país no Ocidente, e faz com que os países-membros da organização a protejam indireta e diretamente. Expandindo a capacidade militar, a Rússia perde influência sobre à Ucrânia, e se torna uma ameaça ao governo russo.
Foto Destaque: bandeira ucraniana em meio à destroços (Reprodução/CNN Brasil)