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Guerra na Ucrânia completa dois anos e não tem previsão para acabar

Forças armadas estão sem munição e dependem de governo ucraniano para expulsar invasores, do suporte de países do ocidente e projeto americano para envio de recursos financeiros

24 Fev 2024 - 10h00 | Atualizado em 24 Fev 2024 - 10h00
Guerra na Ucrânia completa dois anos e não tem previsão para acabar Lorena Bueri

O conflito entre Rússia e Ucrânia completa dois anos neste neste sábado (24). Hoje, com pouca munição, as forças ucranianas foram obrigadas a recuar em algumas regiões do país.  Para expulsar invasores, o governo ucraniano depende de ajuda militar, financeira e política de países do Ocidente. O futuro do conflito depende não somente de batalhas, como também das capitais dos países do Ocidente, distante das linhas inimigas. 

Não há estatística fiel desde que o conflito começou, pela quantidade excessiva de mortes a todo momento. Há uma estimativa, de que pelo menos 500 mil pessoas morreram nos dois países. Aproximadamente14 milhões de pessoas foram expulsas de suas casas, o que equivale a um terço da população civil ucraniana —  e mandou 6,5 milhões de refugiados para países vizinhos, são dados divulgados pela Organização Internacional para as Migrações.


O professor de Relações Internacionais da ESPM, Leonardo Trevisan, e o oficial da reserva da Marinha, Robinson Farinazzo, debatem o que está em jogo no conflito que atinge a Europa (Vídeo:reprodução/YouTube/Estadão)


Nos últimos meses, a guerra virou um conflito de artilharia, com os dois lados trocando tiros todos os dias. No ano passado, a Ucrânia tinha mais munição do que a Rússia, e agora o jogo virou, com os russos aumentando a produção e importando Coreia do Norte e do Irã.

Ajuda dos EUA e problemas na Câmara

Um projeto de lei no Congresso dos EUA, aprovado por Joe Biden, prevê uma ajuda de cerca de US$ 60 bilhões para a Ucrânia. O grosso desse dinheiro vai para apoio militar. Embora o texto tenha sido aprovado no Senado, teve problemas na Câmara dos Deputados. Os membros do Partido Republicano, de Donald Trump, são contra a medida. Trump e Biden são os principais candidatos das eleições americanas de novembro.

O início do conflito

Uma escalada de estresses, precedeu durante meses, o  ataque russo à Ucrania no dia 24 de fevereiro de 2022.  As maiores tensões cresceram no final de 2021, com a exposição da Ucrânia com organizações como a Otan e a União Europeia. Assim, esse cenário se relacionou à incorporação da Ucrânia à União Soviética, como na Guerra Fria em 1947.

O ingresso da Ucrânia na Otan, aumenta a exposição e força do país no Ocidente, e faz com que os países-membros da organização a protejam indireta e diretamente. Expandindo a capacidade militar, a Rússia perde influência sobre à Ucrânia, e se torna uma ameaça ao governo russo.

Foto Destaque: bandeira ucraniana em meio à destroços (Reprodução/CNN Brasil)

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