Os sindicatos dos Metroviários, Ferroviários, Trabalhadores do Saneamento e Meio Ambiente e profissionais da rede estadual de ensino informaram, em coletiva de imprensa desta tarde, que a paralisação dos serviços públicos será encerrada hoje.
A greve se iniciou à 0h desta terça-feira (28) e já estava programada para durar 24h, acabando à 0h desta quarta (29).
"A greve é de 24 horas. Tem o turno da noite ainda. Às 4h40 (de quarta-feira) volta ao normal", afirmou a presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Lisboa, ao Estadão.
Sindicatos contra a privatização
Greve Metrô e CPTM: cartazes contra a privatização. (Foto: Reprodução/Roberto Casimiro/FotoArena/Estadão Conteúdo).
Os funcionários do Metrô, CPTM e Sabesp, com apoio da Fundação Casa e de educadores da rede estadual, se uniram em uma paralisação nesta terça (28), a fim de protestar contra à privatização dos serviços públicos de transporte e tratamento de água, além de reivindicar maiores investimentos na saúde e educação de São Paulo,
As categorias também realizaram, nesta tarde, uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa de SP (Alesp) para se opor à desestatização da Sabesp. No entanto, segundo o presidente da Alesp, André do Prado, a privatização da empresa responsável pela distribuição de água deve ser discutida em plenário na próxima terça-feira (5).
Antes de iniciar a paralisação, os sindicatos responsáveis forneceram alternativas ao governo de São Paulo. Uma delas era a realização de uma consulta popular sobre os projetos de privatização, o que não foi aceito.
Pronunciamento de Tarcísio de Freitas
Na manhã desta terça-feira (28), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, classificou a paralisação das categorias como “política”, por não envolver pautas trabalhistas.
No dia anterior, Tarcísio já havia afirmado que a greve não estaria “ligada a causas trabalhistas” e que os funcionários do Metrô e CPTM estariam agindo de maneira “egoísta”, ao impactar os usuários dos transportes públicos com a greve. Em resposta, as categorias acusaram os serviços privatizados de apresentar falhas e prejuízos à população.
De acordo com o pronunciamento de Tarcísio de Freitas, “não aceitar essa posição (da privatização) é não aceitar o resultado das urnas”. O governador afirma que os projetos de desestatização irão prosseguir, pois foram promessas feitas em campanha.
Foto destaque: sindicatos confirmam fim da paralisação nesta terça (28). (Reprodução/Eduardo Knapp/Folhapress).