Segundo informações divulgadas pela Globo News na noite desta segunda-feira (26), o governo brasileiro deu início ao diálogo diplomático com os EUA após Marco Rubio expôr a possibilidade de impôr sanções ao ministro Alexandre de Moraes.
Buscando evitar que haja um aumento de tensão e tentando preservar o relacionamento bilateral dos países, o Itamaraty foi convocado para lidar de forma direta com os representantes do governo americano. Membros de alto nível da diplomacia brasileira também fazem parte desta movimentação.
A fala de Rubio
No dia 21 de maio, durante a audiência no Congresso americano, Marco Rubio disse que haveria grandes chances de Alexandre de Moraes se tornar alvo da Lei Global Magnitsky. Essa Lei permite que o governo dos Estados Unidos possa sancionar pessoas estrangeiras que estejam envolvidas em casos de corrupção ou violação dos direitos humanos.
A tal declaração do secretário de Estado americano gerou reação dentro do Ministério das Relações Exteriores, que encarou como uma ameaça as interferências em assuntos internos do Brasil e também como uma forma de desrespeitar o Judiciário brasileiro.
Mesmo havendo divergências políticas entre os governos brasileiro e americano, as fontes diplomáticas garantem que o Brasil vai manter uma abordagem objetiva qual prioridade será manter a conexão comercial e institucional com os EUA.
Lula coordena ação do Itamaraty nos EUA e mantém Moraes informado
— Metrópoles (@Metropoles) May 27, 2025
Presidente Lula tem sido informado de todas as conversas do Itamaraty junto a governo Trump para evitar sanções ao ministro Alexandre de Moraes
Leia na coluna de @igorgadelham: https://t.co/wmrM62fXIm pic.twitter.com/ow41GZkcWf
Presidente Lula (Foto: reprodução/X/@Metropoles)
Como começaram os embates
A fala de Rubio veio após o ministro do STF determinar que o Itamaraty indicasse diplomatas brasileiros nos EUA que estivessem aptos a fazerem esclarecimentos no inquérito que averígua se as ações fora do Brasil do deputado, licenciado, Eduardo Bolsonaro, podem configurar um atentado contra a soberania nacional. Para o secretário de Estado norte-americano, o pedido de Moraes condiz com "perseguição política".
Alexandre de Moraes passou a ser alvo de constantes ataques da ala bolsonarista após se tornar o relator da ação que acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro como sendo o núcleo da trama na tentativa de golpe de Estado. Para PGR, as falas de Eduardo Bolsonaro nesta segunda-feira (26), qual afirma crer que "Moraes será punido de forma exemplar", apenas representam uma forma de intimidação às autoridades públicas em relação à ação penal qual seu pai é réu.
Foto Destaque: Presidente Lula (Reprodução/Pinterest/Leonardo561)